04 maio, 2024

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Maratonista etíope que fez protesto político na Olimpíada permanece no Brasil

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O maratonista etíope Feyisa Lilesa, prata na maratona da Olimpíada do Rio de Janeiro, permanece no Brasil e não voltou com a delegação da Etiópia. Na linha de chegada da maratona, no domingo passado (21), Lilesa cruzou os braços erguidos, gesto associado à luta de seu povo Oromo, maior grupo étnico do país, contra violações de direitos humanos cometidos pelo governo da Etiópia. Logo depois, o atleta declarou à imprensa que temia retaliações e até de ser morto pelo governo do seu país por causa do protesto, mas o governo da Etiópia declarou, por meio da assessoria de comunicação, que o atleta não enfrentará nenhuma retaliação por sua posição política.

O ministro das comunicações da Etiópia, Getachew Reda,disse que ele será bem recebido, juntamente com os demais atletas da delegação etíope. “Embora seja proibido fazer manifestações políticas nos Jogos Olímpicos, o atleta será bem-vindo quando retornar ao seu país com os demais membros da equipe da Etiópia”, declarou Reda.

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Lilesa foi medalha de prata na maratona da Rio 2016 (Foto: Divulgação)

Lilesa declarou no domingo que estava pensando em pedir asilo político, mas que ainda não havia decidido a qual país pedir. O Ministério da Justiça brasileiro não confirmou o pedido de asilo – informou, apenas, que a Lei de Refúgio garante confidencialidade do processo e que “se for da vontade do solicitante tornar público, isso deve ser feito a partir dele”. Uma campanha nas redes sociais criada há dois dias para angariar fundos para o atleta sobreviver fora da Etiópia arrecadou quase US$100 mil.

No início de agosto, dezenas de pessoas morreram em manifestações contra o governo etíope na região de Oromia. Os protestos começaram depois que o governo implementou um plano urbanístico que afetava as terras na região de Oromia. De acordo com a mídia local, o governo etíope tinha apresentado um plano para expandir a capital do país, Adis Abeba, ameaçando as terras de cultivo do povo Oromo, tradicionalmente seminômade e dedicado à agricultura na região que circunda a cidade.

Esta foi a primeira Olimpíada de Lilesa, que já ganhou medalha de bronze na maratona no Mundial de Atletismo, em Daegu, em 2013. O corredor estreou em competições internacionais em 2008 e já competiu em provas de estádio de 5 mil metros e 10 mil metros, além de corridas de rua diversas (10 quilômetros, 15 km, 20 km, 25 km, 30 km, meia maratona e maratona). Neste ano, Lilesa tem a 18ª melhor marca mundial da maratona, com 2 horas 6 minutos e 56 segundos, conseguida em fevereiro deste ano, em Tóquio. Seu melhor tempo na maratona, no entanto, foi obtido em Chicago (EUA), em outubro de 2012: 2 horas 4 minutos e 52 segundos.

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O Rio de Janeiro acolhe hoje mais de 4 mil refugiados e 2,6 mil solicitantes de refúgio, pessoas que não podem retornar a seus países devido a conflitos e perseguições. Suas condições de vida aqui, no entanto, nem sempre são dignas.

Fonte: Agência Brasil

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