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Manifestantes fizeram ato na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, nesta terça-feira (7), feriado da Independência no Brasil, a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro discursou na Paulista e afirmou que não vai mais cumprir as decisões do ministro Alexandre de Moraes. Em Brasília, o presidente também fez ameaça ao Supremo em discurso para apoiadores.
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Cerca de 14 quarteirões da Avenida Paulista foram ocupados, com maior concentração em frente ao Masp e à Fiesp. Duas pessoas foram presas por furto de celular, dez aparelhos foram recuperados, uma pessoa foi ferida por um drone não autorizado, uma pessoa foi detida por porte de arma branca e a outra por levar sinalizadores e fogos de artifício proibidos.
Vestidos com camisetas do Brasil, e portando materiais alusivos ao presidente e às cores da bandeira do país, a maioria dos manifestantes participou do ato sem respeitar as regras de distanciamento social e o uso obrigatório de máscara, determinados pelo governo do estado desde 2020 por conta da pandemia de coronavírus.
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O governo de São Paulo informou que fiscalizou o uso de máscaras, mas não informou se vai fazer um balanço das autuações.
Os atos desta terça-feira (7) convocados por Jair Bolsonaro acontecem em meio a embates do presidente com o STF, e em um contexto de uma acentuada crise econômica, com a disparada da inflação, desemprego próximo a taxas recorde e queda na popularidade e nas avaliações sobre a administração de Bolsonaro.
Os manifestantes seguravam cartazes com dizeres contra a imprensa, o STF e pedindo “pelo fim do comunismo”. “Presidente Bolsonaro, acione as forças armadas e liberte nosso Brasil do comunismo”, dizia uma das faixas.
Outros cartazes pediam a demissão dos ministros do Supremo Luiz Fux e Ricardo Lewandowski.
Ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fazem parte de uma narrativa que vem sendo defendida e reafirmada pelo presidente há semanas, com maior intensidade às vésperas do feriado.
Por volta de 12h30, outro grupo de apoiadores do presidente protestou, de carro e motos, na Ponte Estaiada, na Zona Sul de São Paulo. Eles ocuparam duas faixas da via.
Nos últimos dias, o presidente defendeu a presença de policiais militares nas manifestações. A reportagem não presenciou um grande número de pessoas fardadas. A presença de grupos evangélicos era maior.
No início da semana, o Bolsonaro protocolou no Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre Moraes sob o argumento de que ele e o ministro Luís Roberto Barroso extrapolam os limites da Constituição.
Interdições e bloqueios
Segundo a CET, a Avenida foi interditada nos dos sentidos desde as 9h. Os bloqueios foram instalados entre a Rua da Consolação e a Praça Oswaldo Cruz.
De acordo com a SPTrans, 33 linhas de ônibus tiveram seus itinerários alterados por conta da manifestação.
Os desvios das linhas que operam ao longo do trajeto da passeata foram feitos de forma momentânea, seguindo orientação do comando policial no local.
Fonte: G1