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A Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira (8) uma mulher, de 20 anos, suspeita de tentativa de homicídio após abandonar sua bebê recém-nascida em uma área de pastagem, no Jardim das Flores, em Emilianópolis (SP).
Por volta das 11h30, a Polícia Civil foi informada de que populares haviam encontrado a menina recém-nascida que ainda estava com parte do cordão umbilical junto ao corpo. A Polícia Militar foi acionada e rapidamente compareceu ao local.
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Segundo a Polícia Civil, a criança foi abandonada em uma área de pastagem próxima ao bairro Vila Continental, em um dos extremos do município de Emilianópolis. Trata-se de uma menina, com 45 centímetros de altura, pesando 2,6 quilos, com cabelo preto, olhos castanhos e pele branca, de acordo com a polícia.
A bebê foi levada ao Posto de Saúde do município para os primeiros atendimentos médicos e depois encaminhada ao Hospital Estadual (HE), em Presidente Prudente (SP). Segundo informações médicas, a criança passa bem e não corre qualquer risco.
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Após tomarem conhecimento do ocorrido, o delegado responsável pelo caso, Daniel Aparecido Viudes, e os investigadores da Polícia Civil obtiveram a informação de que em uma residência próxima ao local havia possíveis manchas de sangue no quintal.
Ao ser questionada sobre o assunto, a moradora, uma moça de 20 anos, negou envolvimento com o caso, dizendo, em princípio, que estava em seu período menstrual e com hemorragia.
Os policiais civis realizaram diligências e encontraram no quintal várias manchas de substância avermelhada, roupas e o lençol do quarto da jovem também com machas assemelhadas a sangue.
Novamente questionada e após inúmeras contradições constatadas pelos policiais, a mulher confessou ter abandonado a criança, conforme a Polícia Civil.
A jovem disse aos policiais que ninguém sabia que ela estava grávida e ainda justificou que, por já ser mãe e não ter condições de criar outro filho, acabou tomando essa atitude no começo da madrugada.
Ainda segundo a Polícia Civil, a mulher foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio e ficará à disposição da Justiça.
A criança ficará sob os cuidados da rede de proteção do município de Emilianópolis.
A Polícia Científica foi acionada para periciar o local onde a criança foi abandonada.
Não acreditou que aquilo era possível
A recém-nascida foi encontrada por um morador próximo ao pasto que ouviu o choro bem baixinho da criança e ao verificar do que se tratava constatou que era a recém-nascida no chão.
Túlio Manfrim Redivo, que foi quem encontrou a bebê, disse que, quando se deparou com a criança, não acreditava no que estava vendo.
“Um rapaz que mora no fundo da área de pastagem em que a bebê estava escutou um choro e veio até mim, no meu lava-jato. Fomos até lá e encontramos a criança, não acreditamos que aquilo era possível”, falou.
Redivo também contou que, logo em seguida, chamou a Polícia Militar e acionou o Posto de Saúde.
“Eu liguei para um policial militar que eu sabia que estava de serviço, pois fiquei com medo de ligar no 190 e demorar. Depois, liguei no posto e avisei que a bebê iria para lá”, disse.
As condições do local onde estava a recém-nascida, de acordo com Redivo, aparentavam que o parto tinha acontecido ali mesmo e que não havia se passado muito tempo.
“Tinha uma toalha branca e o cordão umbilical ainda estava sujo, então, parecia que o parto tinha acabado de acontecer”, completou ele.
Primeiro atendimento
A bebê foi levada ao Posto de Saúde de Emilianópolis, onde a equipe que trabalha no local deu-lhe banho e amamentação, antes de encaminhá-la ao HE, em Presidente Prudente.
Segundo o secretário municipal de Saúde de Emilianópolis, Elton Munhoz, que é enfermeiro, a criança pesou 2,6 quilos e aparentava estar saudável.
“Na unidade foi feito o primeiro atendimento com a nossa médica, que é clínica geral e pediatra. Logo de primeiro momento, ela percebeu que era uma criança aparentemente tranquila. A gente pensou que era uma criança prematura e tudo mais, mas nessa abordagem é uma criança normal, de peso adequado para a idade”, explicou.
“Foi feito esse primeiro atendimento, tinha uma sujidade, um pouco de insetos, formigas. Foi dado um banho em primeiro momento, feito uma aspiração de vias aéreas e a criança tomou até leite, a gente deu leite para a criancinha, aqueceu ela devidamente e foi encaminhada para o hospital de referência”, complementou Munhoz.
O secretário ainda esclareceu que o encaminhamento para um hospital de referência é um procedimento de rotina.
“É um procedimento de rotina porque ela é uma criança que precisava ainda ficar em observação e ser melhor avaliada nessas primeiras horas. Mas a gente já obteve informações de que a criança está ótima e vai fazer alguns exames lá, mas inclusive a família acolhedora já foi acionada e agora são só os trâmites para dar seguimento e um lar para essa criança”, afirmou o secretário.
Fonte: G1 – Foto: Bill Paschoalotto/TV Fronteira