25 abril, 2024

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Luisa Mell relata ameaças após resgate de cavalo em SP

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Luisa Mell acabou se envolvendo em uma polêmica com o meio esportivo equino. Após fazer um resgate de um puro sangue que acabou morrendo, na noite desta quinta-feira (13), a ativista animal fez uma publicação no Instagram criticando a maneira como os cavalos de corrida são descartados quando não servem mais para competir. Nesta sexta-feira (14), Luisa foi um dos assuntos mais comentados no Twitter e, à Quem, disse ter recebido ameças ao fazer a denúncia.

“Fico chocada. É um absurdo. É um problema sério que todo mundo quer empurrar para debaixo do tapete e eu sou uma pessoa pública que coloca um holofote nele. Eu não tenho medo, porque meu compromisso é só com os animais. A própria corrida já é um horror, mas não é esse meu foco agora. Quando eles estão lá competindo são bem tratados, têm uma superalimentação e depois jogam o cavalo lá comendo lixo e ele fica doente, desnutrido. É uma tragédia”, declarou à Quem.

Luisa ficou impressionada com a receita gerada em cima do esporte com os animais. “Não sabia que movimentava tanto dinheiro assim. Movimenta R$ 100 bilhões no mundo, R$ 1 bilhão por ano só no Brasil. Não tinha noção. Mas os maus-tratos são terríveis. Tem vários cavalos que morrem do coração, alguns morrem durante o torneio também. É um atleta de alta performance. A maioria rompe ligamento. Depois que eles não servem mais, muitos vendem para carroceiro, são sacrificados. A vida deles só têm valor se tiver lucro”, acusa.

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Ameaças
A defensora dos direitos dos animais afirma que ameaçaram até fechar sua ONG. “Disseram que os desembargadores estavam praticamente comprados. Sempre ficam achando que ganho alguma coisa com a ONG. Muito pelo contrário, já coloquei várias vezes bastante dinheiro nela, meu marido, inclusive, principalmente. Se fecharem minha ONG quem é que vai assumir esse trabalho que eu faço e o estado é incapaz de fazer?”, questiona.

Luisa Mell resgata cavalo com ajuda de equipe (Foto: Reprodução/Instagram)
Luisa Mell resgata cavalo com ajuda de equipe (Foto: Reprodução/Instagram)

Apoio de famosos
Luisa recebeu apoio de vários artistas no caso, como Anitta, Jão, Fernanda Freitas, Giovana Lancellotti, Dani Calabresa, Patrícia de Sabrit, Alexia Dechamps, Thaila Ayala entre outros.

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Resposta do Jockey Club de São Paulo
O Jockey Club de São Paulo emitiu uma nota oficial no Instagram sobre ocorrido. Confira na íntegra abaixo:

“O Jockey Club de São Paulo vem a público responder as acusações feitas pela Sra. Luisa Mell, na tarde de hoje, por meio de sua conta na rede social Instagram (@luisamell). Em primeiro lugar, lamentamos o estado do cavalo encontrado em uma estrada no estado de São Paulo. Repudiamos todo e qualquer tipo de violência e maus tratos contra qualquer animal. Informamos que todos os cavalos do Brasil da raça Puro Sangue Inglês, alojados ou não no JCSP, possuem um microchip de identificação e são de propriedade particular. Por conta disso, qualquer cavalo, em qualquer propriedade, caso seja um Puro Sangue Inglês, terá um microchip de identificação, que é colocado uma única vez no animal quando ainda jovem, não podendo ser retirado ou substituído”, inicia o texto.

O comunicado continua falando do rigor na entrada e saída de animais do clube. “Para todos os animais que saem do JCSP, é emitida obrigatoriamente uma GTA (Guia de Trânsito Animal), que só pode ser emitida para uma propriedade devidamente registrada em uma Secretaria Estadual de Agricultura. Além disso, o cavalo precisa estar com todos os seus exames sanitários e veterinários em dia para que possa sair do JCSP. O controle de entrada e saída de animais no Jockey Club de São Paulo é extremamente rígido, tanto do ponto de vista sanitário, com exigência de todos os exames, quanto do ponto de vista da origem e destino dos animais, tudo devidamente registrado por meio das GTAs emitidas pela Secretaria Estadual de Agricultura.”

Comunicado do Jockey Club de São Paulo (Foto: Reprodução/ Instagram)
Comunicado do Jockey Club de São Paulo (Foto: Reprodução/ Instagram)

Por fim, o Jockey diz que o destino dos animais que saem do clube é de resposabilidade de seus donos, já que os animais são de propriedade particular. “Todos os cavalos de corridas alojados no JCSP e que participam dos páreos realizados no hipódromo, são de propriedade particular e só podem deixar o JCSP para uma propriedade devidamente cadastrada em órgão público. Uma vez que um cavalo, de propriedade particular, deixa o JCSP, com destino a uma propriedade particular, a responsabilidade pelo que acontece com esse animal é de seu proprietário e não do JCSP, que não tem competência ou respaldo jurídico para realizar fiscalizações ou controle de animais de particulares em localidades particulares, fora de suas dependências.”

Até o Jockey Club Brasileiro precisou emitir uma nota em sua conta oficial no Twitter esclarecendo que Luisa se referiu a um cavalo resgatado em São Paulo e a sede do clube fica no Rio de Janeiro.

Post do Jockey Club Brasileiro (Foto: Reprodução/ Twitter)
Post do Jockey Club Brasileiro (Foto: Reprodução/ Twitter)

Post de denúncia

A história toda começou após Luisa fazer alguns posts em seu Instagram contando ter encontrado um cavalo abandonado à beira da morte, o qual ela conseguiu fazer o resgate com a ajuda de uma equipe.

Horas mais tarde, ela voltou às redes sociais para contar que o animal havia morrido e aproveitou para fazer denúncias contra a indústria de corridas de cavalos após descobrir que ele era um puro sangue com histórico de corridas que foi vendido por um preço muto baixo após envelhecer e não poder mais competir.

“Corridas de cavalo movimentam cerca de 1 bilhão de reais por ano no Brasil, mas o fim de vida de muitos cavalos explorados neste ‘glamuroso esporte’ tem sido dramático… Assim como este cavalo que resgatamos ontem. Ferido, machucado, doente, sem conseguir levantar e abandonado embaixo do rodoanel. A história já era cruel, mas saber que ele é um puro sangue, que depois de anos correndo no jockey, depois de anos de dedicação e exploração foi vendido por dois mil reais para morrer puxando carroça me destruiu por dentro. Até pq foi a certeza de que isto é uma prática comum”, escreveu ela em parte do post.

Luisa afirmou que foram feitos quatro resgates similares e com o mesmo histórico no último ano e pediu ajuda para que Jockey Clube intervenha nessas situações.

“No último ano, resgatamos 4 cavalos doentes e feridos que foram obrigados a puxar carroça até o final de suas forças. E os 4 eram ex atletas do Jockey Club de SP. Por isso aqui, peço aos diretores do Jockey que me ajudem a coibir esta injusta e triste realidade! É vergonhoso e criminoso que explorem os cavalos para ganhar dinheiro e depois que eles se machucam por causa do esforço sejam descartados desta maneira. Passei a noite resgatando o Marrom, mas apesar de todo nosso empenho, ele não resistiu. Eu nunca vou me esquecer do seu olhar, Marrom. Nem do seu sofrimento. Tinha te prometido uma vida feliz. Mas cheguei tarde. Não tive a chance. Mas por você eu juro lutar para que esta triste história não se repita mais”, completou.

Luisa Mell faz esclarecimento de denúncia (Foto: Reprodução/Instagram)
Luisa Mell faz esclarecimento de denúncia (Foto: Reprodução/Instagram)

Esclarecimento no Instagram

No dia seguinte, Luisa precisou fazer uma nota de esclarecimento no Instagram para explicar a sua denúncia, garantindo nunca ter feito acusações contra o Jockey Clube e que, na verdade, teria pedido ajuda para localizar os proprietários dos cavalos em questão.

“Gente, depois do post de ontem, recebi, literalmente, milhares de mensagens. A maioria de apoio, mas algumas de ódio total incluindo graves ameaças que já enviamos aos advogados e outras, a polícia! Vamos lá: quem reler o texto, vai perceber que eu nunca acusei o Jockey Clube. Eu apenas citei que os cavalos tiveram passagem pelo Jockey! O Jockey Clube não tem cavalos. Ele cobra das pessoas para que elas usem o espaço com seus cavalos e que até possam mantê-los lá. Além de não acusar o Jockey, eu pedi ajuda ao Jockey e aos seus diretores para tentarmos, junto aos proprietários que fazem esse “descarte” dos animais, coibirmos essa prática!”, escreveu em parte do post.

Luisa continuou, lamentando as reações negativas que recebeu, mas garantindo que irá continuar seu trabalho independente de qualquer coisa:

“Infelizmente, muitas pessoas não sabem interpretar texto e motivadas por ódio, ameaçaram, agrediram e até praticaram crimes em mensagens, e-mails e telefonemas. Minha preocupação é única e exclusivamente com os animais. Quem me acompanha, sabe que estou nessa causa há 20 anos e já enfrentei todos os tipos de agressões e ameaças, incluindo de morte e continuo aqui pelos animais! Todos que sempre me acusaram de apenas querer me promover, passaram. Eu fiquei! Aqueles que me acusam de querer ser candidata, se candidataram e outros já são pré-candidatos, eu não! Eu estou aqui pelos animais, não por egos. Minha motivação é a vida, não o ódio! Reforço meu pedido a diretoria do Jockey clube de SP e a todos os outros Jockeys Clubes do Brasil para nos reunirmos e juntos, pensarmos em uma forma de coibir esses ‘descartes’. Por último, a todos aqueles que disseminam o ódio, desejo-lhes paz”, completou.

Fonte: Quem

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