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Moradores de vários bairros de Bauru (SP) ainda enfrentam falhas na coleta de lixo apesar da contratação emergencial de uma empresa terceirizada para cobrir os 45% do efetivo durante a greve dos funcionários da Emdurb.
No Parque Vista Alegre, por exemplo, os moradores reclamam que a coleta não passa há duas semanas. A greve chega nesta terça ao 16º dia. De acordo com a determinação da Justiça do Trabalho, 55% dos funcionários da coleta devem estar nas ruas para realizar o serviço que é considerado essencial.
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Para cobrir os outros 45%, a prefeitura contratou a empresa terceirizada e, segundo a prefeitura, a empresa tem cumprido esse percentual. No entanto, de acordo com a prefeita Suéllen Rosim, os 55% que deve ser cumprido pelos funcionários da Emdurb não estão sendo feitos, por isso os sacos de lixo ainda estão espalhados na cidade.
Consultada, a Emdurb confirmou a situação e disse que o setor jurídico irá notificar ao Tribunal Regional do Trabalho sobre esse descumprimento.
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Já o sindicato que representa os trabalhadores informou que não procede a informação de que os 55% não estão sendo cumpridos. Informou ainda que as equipes estão saindo conforme acordo com a Justiça mas, que diariamente há quebra de caminhões por conta da frota sucateada e que isso afeta no andamento do serviço.
Desde a última quinta-feira (28), a coleta tem sido realizada conforme o cronograma já estabelecido pela Emdurb com atendimento alguns bairros nas segundas, quartas e sextas e outros às terças, quintas e sábados.
Uma audiência de conciliação está marcada para esta quarta-feira (3) no TRT em Campinas.
A greve
A paralisação afeta principalmente a coleta de lixo, mas, além dos coletores, 32 funcionários da varrição pública e quatro do cemitério do Redentor também aderiram ao ato por tempo indeterminado.
O que motivou também a insatisfação da categoria foi a aprovação, pelos vereadores, de um projeto do Executivo que aumentou o vale de servidores da administração direta e autarquias, mas sem contemplar a Emdurb. O valor passou de R$ 625 para R$ 1 mil.
A Emdurb propôs que a diferença de R$ 375 fosse concedida gradativamente, nos meses de janeiro e agosto de 2023 e de 2024. Dessa forma, em cada um dos quatro momentos, o acréscimo seria de R$ 93,75. Mas a oferta só se mantém se a Emdurb alcançar equilíbrio financeiro até dezembro deste ano.
Na manhã do dia 19 de julho, os servidores saíram em passeata da sede da Emdurb até a Praça das Cerejeiras, onde funciona a prefeitura.
No local, a prefeita conversou com os servidores e esclareceu que o Executivo não pode atender às reivindicações pelo regime trabalhista ser diferente no caso dos servidores da Emdurb.
Na semana passada, os funcionários rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste do vale-compras apresentada pela direção da Emdurb e votaram pelo início da paralisação.
Fonte: G1