31 de maio, 2025

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Laudo aponta que mulher de sargento suspeito de matar ex-judoca não atirou durante confronto em Bauru

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A Polícia Militar confirmou que deu negativo o laudo residuográfico da cabo Águida Barbosa, mulher do sargento Agnaldo Rodrigues, suspeito de matar o ex-judoca olímpico e cabo da PM Mário Sabino Jr durante um confronto em uma rua do Jardim Nicéia em Bauru (SP). O sargento também morreu na troca de tiros com Sabino na noite do dia 25 de outubro.

Isso comprova que a cabo, que é a única testemunha do confronto não atirou. Segundo o comandante do Comando de Policiamento do Interior 4 (CPI-4), coronel Robson Douglas Souza, o resultado do laudo feito pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil foi entregue a Polícia Militar juntamente com os exames feitos nos corpos do cabo e do sargento.

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Os laudos também mostram que Sabino foi atingido por três tiros, um na cabeça, outro no tórax e um terceiro na região cervical. Já o sargento Agnaldo sofreu 5 ferimentos causados por quatro tiros, sendo que um deles entrou pela coxa direita e saiu pela lateral da perna, provocando assim dois ferimentos causados por um único tiro. Os outros três ferimentos foram na cabeça, no tórax e no abdômen.

O confronto que terminou com a morte dos dois policiais aconteceu no dia 25 de outubro e a Polícia Militar abriu um inquérito na Justiça Militar para apurar os fatos, por envolver apenas policiais militares.

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A Polícia Civil também investiga o caso e chegou a intimar a policial militar, mas o comando da PM não permitiu que ela prestasse o depoimento.O delegado responsável pelo caso, Cledson Nascimento oficiou a Justiça e aguarda que ela decida de quem é a competência para investigar o caso.

Entenda o caso

As mortes do ex-judoca olímpico Mário Sabino e do sargento Agnaldo Rodrigues são investigadas pela Polícia Militar e também pela Polícia Civil. Os corpos dos dois policiais militares foram encontrados em uma rua do Jardim Niceia, na noite do dia 25 de outubro.

Armas de ex-judoca e do sargento da PM mortos em Bauru foram disparadas, diz MP
Corpo de Mário Sabino, ex-judoca olímpico, foi enterrado em Bauru (Foto: Reprodução/TV TEM)

Policiais militares que faziam o patrulhamento no local viram três veículos na rua, um deles no meio da via, o que chamou a atenção. Ao se aproximarem, os policiais viram a cabo Aguida Barbosa, mulher do sargento, bastante nervosa e acionando o Samu pelo celular.

O corpo de Agnaldo estava próximo a um dos carros e de Sabino cerca de 15 metros de distância. A cabo não quis dar a sua versão do que tinha acontecido para os policiais, mas segundo a PM, ela já foi ouvida no inquérito instaurado na Justiça Militar.

Segundo o promotor João Henrique Ferreira, que acompanha o caso, as armas de Sabino, uma Taurus ponto 40, e do sargento, um revólver calibre 38, foram disparadas e ambos foram atingidos por mais de um tiro.

O promotor informou que Agnaldo foi baleado por tiros na cabeça e no peito. Sabino foi atingido na nuca.

No entanto, a quantidade de tiros que atingiram os dois só poderão ser confirmadas com o laudo do IML, que também fez exames residuográficos nas duas vítimas e na cabo Aguida, para verificar vestígios de pólvora.

As armas dos dois policiais e os celulares de Sabino, Aguida e Agnaldo foram apreendidos. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela PM, a Taurus ponto 40 do ex-judoca estava com 8 munições intactas (a arma comporta até 15 munições) e o revólver do sargento estava com 4 das 5 balas deflagradas.

A Polícia Civil decidiu abrir o inquérito para investigar o caso por entender que, como os policiais não estavam em serviço durante o ocorrido, é competência do órgão fazer essa investigação. O inquérito foi aberto no dia 29 de outubro e a Polícia Civil tem prazo de 30 dias para concluir e relatar à Justiça.

Sabino era policial militar desde 1999. Ele deixou esposa e quatro filhos. Familiares ficaram chocados com o crime e uma prima do ex-judoca conversou com a reportagem, em que disse que ele era como um herói para família. O ex-judoca também recebeu uma homenagem de atletas uma semana após a morte.

O sargento Agnaldo trabalhava há 30 anos na Polícia Militar e era casado há 29 anos com a cabo Aguida, que está na PM desde 1998.

Os dois têm um filho de 22 anos. A irmã do sargento conversou com a reportagem dias após o crime e contou que a família está revoltada por não conseguir saber o que realmente aconteceu.

Fonte: G1



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