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A jovem suspeita de matar o pai com uma facada em Marília (SP) em agosto de 2019 foi absolvida do crime, mas continuará sendo monitorada pela Justiça até os 21 anos. A decisão foi divulgada no dia 9 de março e publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça.
Além de ter sido julgada pelo assassinato do pai, o dentista Aloisio Ahnert Tassara, a jovem, que na época tinha 17 anos, foi investigada por tentativa de homicídio, por ter agredido também a mãe durante um surto psicótico conforme alegação da defesa.
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Na decisão da Justiça, a jovem teve uma absolvição imprópria, o que significa que ela não foi responsabilizada pelos crimes, mas devido à constatação médica de que ela tem uma mentalidade esquizofrênica, foi determinado que ela deverá passar por tratamento psicológico até os 21 anos, conforme explica o advogado de defesa Fábio Ricardo Rodrigues dos Santos.
“Ela teve uma absolvição imprópria, vai ser submetida à tratamento ambulatorial e terá que passar por médicos a cada três meses para apresentação ao juiz. Ela foi acusada de homicídio, mas ficou constatado pelo perito judicial, que é um psiquiatra nomeado pelo juiz, que ela teve um surto psicótico.”
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A continuidade do acompanhamento psiquiátrico mediante a apresentação dos comprovantes destas consultas e dos medicamentos a que ela está submetida foi uma determinação de medida protetiva, segundo a Justiça.
Assim como, a necessidade de que a defesa comunique à Justiça qualquer indicação médica de internação orientada à jovem com a finalidade de garantir a proteção dos seus familiares e de qualquer pessoa que venha a conviver com ela.
Crime
O dentista Aloisio Ahnert Tassara foi encontrado morto na sala da própria casa com ferimentos de faca em agosto de 2019. A filha dele, na época com 17 anos, foi localizada logo depois em cima do telhado de uma casa vizinha, com uma faca na mão, e foi levada ao Hospital das Clínicas, pois o Samu constatou que ela estava em surto psicótico.
No dia do crime, a perícia também encontrou quase R$ 20 mil em dinheiro nas roupas do dentista, mas durante as investigações ficou constatado que o fato não tinha nenhuma relação com o caso.
Após o crime, a adolescente ficou internada na ala psiquiátrica do HC e recebeu alta no final de outubro. Segundo o advogado de defesa, a jovem foi internada mais duas vezes após esse período, mas respondia ao processo em liberdade.
Atendendo a um pedido da defesa da jovem durante o processo, que foi aceito pela Justiça em novembro do ano passado, ela passou por exame de sanidade mental no dia 10 de novembro em uma clínica psiquiátrica do município.
O exame de sanidade mental foi realizado para “constatar se no momento dos fatos ela tinha plenitude de consciência do que estava fazendo ou se teve um surto psicótico”, conforme explicou o advogado de defesa em entrevista na época.
Fonte: G1