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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (13) que o país fará uma nova quarentena com duração de três semanas para conter a segunda onda do novo coronavírus. A medida entra em vigor nesta sexta-feira (18), em época de alta temporada de feriados judaicos.
A taxa de infecções em Israel voltou a subir nas últimas semanas. O país tem 9 milhões de habitantes e registrou 153.759 casos confirmados e 1.108 mortes pela doença até este domingo (13), segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
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O governo impôs limites à circulação de pessoas e às reuniões em grupo em todo o país. Entre as medidas está a proibição de os israelenses se afastem por mais de 500 metros de casa (haverá permissão para ir a locais de trabalho, com limitações, porém). As reuniões devem se limitar a, no máximo, 10 pessoas em ambientes fechados e 20 em ambientes abertos.
“O governo decidiu hoje aplicar um confinamento estrito de três semanas, com a opção de prorrogar a medida”, declarou o primeiro-ministro de Israel. O país se torna a primeira economia desenvolvida a tomar tal medida para conter uma segunda onda de infecções.
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O governo ainda deve dar detalhes sobre a realização de cerimônias religiosas. Permanecerão abertos mercados, farmácias e o aeroporto internacional de Tel Aviv. Já escolas e shoppings serão fechados.
“Eu sei que essas medidas vão cobrar um preço alto para todos nós”, disse Netanyahu em um discurso na televisão. “Este não é o tipo de feriado a que estamos acostumados. E certamente não poderemos comemorar com nossos parentes.”
Netanyahu, que tem enfrentado crescentes críticas por sua forma de lidar com a crise do coronavírus, disse que instruiu seu ministro das finanças a apresentar um novo pacote econômico para ajudar as empresas prejudicadas pelo bloqueio.
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Toque de recolher
Na semana passada, autoridades impuseram um toque de recolher em cerca de 40 cidades israelenses, principalmente nas localidades árabes e ultraortodoxas, com o objetivo de conter a propagação da Covid-19. Isso, porém, não impediu o aumento no número de casos da doença.
Às vésperas das festas judaicas, o país enfrentou nos últimos dias um debate entre defensores de um confinamento parcial e de um geral.
O governo optou não apenas pelo confinamento geral, mas também estendeu a medida por três semanas, alcançando as festas judaicas, para tentar conter a propagação da doença em um período em que as famílias costumam se reunir em casa e nas sinagogas.
Segundo dados compilados pela AFP, Israel foi o segundo país com maior número de casos per capita nas últimas semanas, atrás do Barein, seu novo aliado, com o qual assinará esta semana um acordo de normalização das relações.
Fonte: G1