29 março, 2024

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Internautas criticam campanha da Abin no Facebook sobre terrorismo

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Propaganda da Abin publicada no Facebook (Foto: Abin/Reprodução Facebook)

Publicação feita na última sexta-feira (8) na página oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Facebook sobre potenciais suspeitos de terrorismo gerou polêmica entre internautas. Até por volta de 16h30 desta segunda-feira (11), o post tinha 7.248 compartilhamentos, 1,6 mil comentários e 2,6 mil curtidas.

Na publicação, a Abin pede para “comunicar o agente de segurança mais próximo” caso sejam vistas pessoas que “utilizam roupas, mochilas e bolsas destoantes das circunstâncias e do clima”. A propaganda mostra a foto de um homem, sem rosto identificado, vestindo calça jeans e casaco com capuz.

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A agência informou, por meio de nota, que o material faz parte de campanha de segurança para a Olimpíada, que ocorre em agosto no Rio, e visa “orientar, de forma contínua, todas as camadas da sociedade para que a população sinta-se encorajada a contribuir com os órgãos de segurança na prevenção de ações terroristas”.

Em um dos comentários, um internauta é irônico ao citar a roupa de homens que frequentam o Congresso Nacional. “Cuidado ao ver um homem vestindo paletó e se dirigindo ao Congresso Nacional, muitos parecem trabalhadores, mas não se engane com suas bolsas destoantes e intenso nervosismo”, diz o comentário com mais de 3 mil curtidas.

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Também na página da Abin no Facebook, uma internauta critica a propaganda. “Tenho um filho com transtorno de ansiedade, quando ele sai procura sempre roupas que o “protejam”, geralmente moleton com touca e sim ele parece sempre bem nervoso na rua, pq ele tem MEDO! Agora você vão promover uma caça as bruxas com quem não estiver vestido no padrão de quem estiver vendo?”, questiona a mulher.

“Aqui no Rio de Janeiro todo mundo é terrorista em potencial! Não importa o calor que faça, se o tempo fica nubladinho a galera já se veste como se estivesse em excursão pra Sibéria…”, ironiza outro internauta.

Na nota da Abin, a agência afirma que não há descrição, perfil ou comportamento que identifique um terrorista “de forma simples, direta e inequívoca”, mas destaca que “pequenos indícios” podem apontar para a intenção de prática terrorista.

“O uso de roupas inadequadas ao clima ou o nervosismo extremo de um cidadão não consistem, isoladamente, em motivo para suspeita. No entanto, combinados com outros elementos aparentemente insignificantes e não merecedores de atenção, podem, de fato, representar alerta para as forças de segurança”, diz o texto.

Veja a íntegra da nota da Abin:

A ABIN esclarece, em relação à sua página oficial no Facebook, que tem realizado publicações para a sensibilização da sociedade sobre situações potencialmente suspeitas de terrorismo. A primeira postagem foi realizada no último dia 29 de junho, em razão de lançamento de campanha do Ministério da Defesa, que resulta do trabalho conjunto dos três eixos de segurança dos Jogos Olímpicos – Inteligência, Segurança Pública e Defesa.

A iniciativa visa a orientar, de forma contínua, todas as camadas da sociedade para que a população sinta-se encorajada a contribuir com os órgãos de segurança na prevenção de ações terroristas.

O trabalho de prevenção é dificultado por não haver descrição, perfil ou comportamento que possa, de forma simples, direta e inequívoca, identificar um terrorista. No entanto, a combinação de pequenos indícios pode ser evidência de comportamento associado à intenção de prática terrorista.

É o caso das orientações divulgadas na segunda publicação da série. O uso de roupas inadequadas ao clima ou o nervosismo extremo de um cidadão não consistem, isoladamente, em motivo para suspeita. No entanto, combinados com outros elementos aparentemente insignificantes e não merecedores de atenção, podem, de fato, representar alerta para as forças de segurança. São exemplos a realização de fotografias dos sistemas de segurança de locais públicos; a presença de odores fortes de substâncias estranhas; a tentativa de ingresso em locais restritos a pessoal de segurança; entre outros.

É desejável que a população brasileira perceba a importância da sua proximidade com as áreas de Inteligência e com órgãos de segurança para que se fortaleça, no País, a “cultura de segurança”. A comunicação oportuna de situação suspeita pode ser decisiva na detecção antecipada de ação terrorista.

Cabe às forças e aos profissionais de segurança local avaliarem, a partir das informações repassadas pela população, se há motivo para alerta e adoção de medidas preventivas. As forças de segurança vêm recebendo capacitação dos três eixos encarregados da segurança da Rio 2016 para atuarem em situações do gênero.

Fonte: G1

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