Anúncios
Após mais de um mês de uma novela de seguidos adiamentos, começou a funcionar na tarde desta quarta-feira (1º) o Hospital das Clínicas da USP de Bauru (SP), instalado no local conhecido como “predião do Centrinho”, próximo à Avenida Nações Unidas.
A primeira paciente diagnosticada com a Covid-19 que entrou na unidade, por volta das 17h, foi uma mulher de 51 anos, moradora de Bauru, e que foi transferida do Hospital Estadual de Bauru (HEB).
Anúncios
Como ela já está melhor dos sintomas da doença, saiu do HEB de cadeira de rodas até a ambulância que a levou ao novo HC. A expectativa é de que a unidade receba até cinco pacientes ainda nesta quarta-feira.
O HC é ligado à Universidade de São Paulo (USP), mas funcionará como uma espécie de extensão do Hospital Estadual para os casos menos graves de pessoas com Covid-19.
Anúncios
No total, serão 40 leitos disponíveis para receber casos de baixa e média complexidade de 38 municípios da região, que serão administrados pela Famesp.
Segundo o convênio, só serão transferidos para o HC pacientes que testaram positivo para a Covid-19 e que estejam estabilizados. A ideia é desafogar o HEB, que também atende outras 38 cidades da região.
Mesmo que os leitos do HC não sejam de UTIi, o hospital estadual ganha mais espaço nas enfermarias para criar novos leitos de terapia intensiva caso seja necessário.
A “inauguração” do novo HC aconteceu justamente em um dia em que a taxa de ocupação dos 39 leitos de UTI do Hospital Estadual chegou a 100%. Por isso, foi necessário criar nesta quarta-feira mais cinco leitos de UTI para atender a demanda.
Segundo Antônio Rugolo, presidente da Famesp, que vai administrar esses novos leitos no HC, o investimento inicial foi de R$ 50 para contratar os profissionais para trabalhar na nova unidade.
Os recursos para manter a estrutura virão do estado e devem ser de aproximadamente R$ 9 milhões. Segundo a Famesp, a ideia é que o HC continue atendendo pacientes da região depois da pandemia de coronavírus.
Atrasos seguidos
Depois que foi anunciado como unidade de apoio ao tratamento de pacientes com o coronavírus, o novo Hospital das Clínicas de Bauru sofreu várias adiamentos da sua inauguração.
O secretário Estadual de Saúde, José Henrique Germann, anunciou no dia 21 de maio que o HC começaria a funcionar no dia 26 do mês passado, mas até esta semana o local continuava sem receber pacientes.
Nesta terça-feira (30), o Ministério Público Estadual de Bauru entrou com medida judicial para que o estado apresente em até 48 horas esclarecimentos sobre prazos de abertura do Hospital das Clínicas da USP.
O promotor de saúde, Enilson Komono, pede a abertura do hospital para ampliação de leitos pra Covid-19 na cidade e também para reduzir o déficit de leitos apontado há anos no município.
O MP também apresentou fotos da última vistoria feita no HC no final de maio, que aponta, segundo o relatório, “excelentes condições e plena capacidade para receber pacientes e iniciar imediatamente os atendimentos.” Após a intervenção do MP, o governo paulista informou que em dois dias o HC receberia pacientes.
Retaguarda
O Hospital das Clínicas é ligado à Universidade de São Paulo (USP), mas funcionará como uma espécie de extensão do Hospital Estadual de Bauru (HEB) para os casos menos graves de pessoas com Covid-19.
No total, serão 40 leitos disponíveis para receber casos de baixa e média complexidade de 38 municípios da região, que serão administrados pela Famesp.
A ideia é desafogar a enfermaria do Hospital Estadual, que a unidade de referência na região para a doença. O convênio com o governo do estado tem prazo de cinco meses para uso exclusivo de pacientes com a doença. O investimento inicial foi de cerca de R$ 3 milhões.
O atendimento dos casos de Covid-19 será realizado no quarto e quinto andares do HC, instalados no local conhecido como “prédio do Centrinho”, e 120 profissionais da saúde foram contratados, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Os pacientes serão encaminhados a partir do Hospital Estadual, onde passam pelo primeiro atendimento. Se a doença for diagnosticada, e com baixo risco de complicações, ocorre a transferência para o HC.
Fonte: G1