20 abril, 2024

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Homem que matou ex a tiros em ônibus em Marília já foi condenado por homicídio e não podia se aproximar da vítima

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O homem que matou a ex-mulher a tiros em um ônibus em Padre Nóbrega, distrito de Marília (SP), nesta terça-feira (28), já respondeu processos e foi condenado por homicídio e duas tentativas de homicídio. Os crimes aconteceram entre os anos de 2000 e 2004 em Vera Cruz e Marília.

Cristiano Rodrigo Raimundo, de 40 anos, matou a ex-mulher Elisabete Aparecida Porta Raimundo, de 35 anos, por volta 5h quando ela estava indo trabalhar em uma indústria de alimentos de Marília. Cristiano fugiu de carro do local após crime e se matou com um tiro na cabeça na Avenida da República, no bairro Palmital.

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Segundo o boletim de ocorrência, ele efetuou disparos contra a vítima e pelo menos um deles atingiu a cabeça da mulher. Antes dos disparos, ele entrou no ônibus como passageiro, mas em determinado momento começou a ameaçar a mulher com a arma e chegou a arrastar para fora do ônibus.

Segundo testemunhas, Elisabete conseguiu escapar e voltou para o ônibus, mas Cristiano a colocou sentada na escada do veículo e atirou. O motorista do ônibus relatou momentos de correria e pânico durante o crime.

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Mulher pegava o ônibus para ir trabalhar quando o suspeito entrou no veículo — Foto: TV TEM/Reprodução
Mulher pegava o ônibus para ir trabalhar quando o suspeito entrou no veículo (Foto: TV TEM/Reprodução)

Além dos processos na Justiça por crimes anteriores, Cristiano respondia dois processos recentes na Justiça, um por ter ameaçado Elisabete e outro por descumprimento da medida protetiva que ela tinha contra ele.

Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Viviane Sponchiado, os dois estavam em um relacionamento recente de cerca de 4 meses e o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.

“Pedimos uma medida protetiva para Elisabete em dezembro, porque ela chegou dizendo que foi ameaçada de morte e tinha medo porque o marido já tinha cometido outros crimes. Nós pedimos e a medida foi deferida pela Justiça e estava válida. A lei existe, só que enquanto os homens acharem que eles mandam nas mulheres, não aceitarem o fim do relacionamento, não aceitarem ouvir a palavra ‘não’, nós vamos continuar tendo casos como esse”, lamenta.

Ainda segundo a delegada, Cristiano não podia se aproximar da vítima e em janeiro deste ano descumpriu a medida protetiva. “Nós relatamos esse descumprimento e encaminhamos para Justiça, para que fossem tomadas as medidas cabíveis.”

O reportagem  entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça sobre o andamento desse processo, no entanto, foi informado que o caso corre em segredo de Justiça e não seria possível ter acesso às informações.

Elisabete tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior. O corpo dela será enterrado nesta quarta-feira (29) no cemitério das Orquídeas em Marília, ainda sem horário definido. O enterro de Cristiano está marcado para 17h30 do mesmo dia, no mesmo cemitério.

Ficha criminal

No caso do homicídio em que foi condenado a cumprir 12 anos de prisão em regime fechado, Cristiano, que trabalhava como ajudante de pedreiro, matou um homem em dezembro de 2000, em Vera Cruz, por causa de uma dívida de drogas no valor de R$ 5 com o tio da vítima.

Quase três anos depois, em junho 2003, ele foi condenado novamente por tentativa de homicídio após um desentendimento em um bar em Marília. Após a briga, ele foi até a casa da vítima e efetuou disparos que atingiram somente o imóvel. Por esse crime, Cristiano foi condenado a 4 anos de prisão.

A outra condenação foi por uma tentativa de homicídio em 2004. Cristiano foi condenado a 3 anos de prisão por atirar em um homem que estava em um bar.

Suspeito atirou na vítima dentro do ônibus, como mostra a marca de tiro no veículo — Foto: TV TEM/Reprodução
Suspeito atirou na vítima dentro do ônibus, como mostra a marca de tiro no veículo (Foto: TV TEM/Reprodução)

Crime

Apesar da morte do autor, a delegacia de Defesa da Mulher investiga o caso e deve ouvir testemunhas para encerrar o inquérito de feminicídio.

“Nós estamos ouvindo testemunhas oculares, pessoas que presenciaram e que podem nos dizer como os fatos desenrolaram. Em seguida, nós aguardamos os resultados dos laudos”, esclarece a delegada.

Os laudos vão apontar as quantidades de disparos que atingiram Elisabete. Segundo o boletim de ocorrência, foi apreendida uma arma calibre 38 com o suspeito. Havia duas cápsulas deflagradas ao lado do corpo dele e outras quatro no veículo. Todo o material foi apreendido e encaminhado para análise.

Fonte: G1

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