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A retomada da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná é prevista para esta terça-feira (15), após oito meses de paralisação. O transporte de carga foi interrompido depois que o Governo Federal determinou o uso da água dos reservatórios do Rio Tietê para produção de energia, tornando impraticável a navegação pela hidrovia.
A princípio, a navegabilidade voltará de forma gradativa, com calado inicial de 2,40 metros. A previsão é de que o Rio Tietê atinja a forma plena, de 2,70 metros, até o final do mês de março. Para navegabilidade, o Rio Tietê, ponto de partida, precisa ter, no mínimo, 2,20 metros de profundidade.
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Diante da seca no último ano, a região do porto intermodal de Pederneiras (SP) recebeu a última barcaça no dia 27 de agosto de 2021, antes da paralisação das operações.
Com 2,4 mil quilômetros de extensão, a Hidrovia Tietê-Paraná é o principal corredor para escoamento da produção agrícola dos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
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A produção vem pelo rio até o porto intermodal de Pederneiras, no centro-oeste paulista, antes da transferência por trem até o porto de Santos (SP).
Essa não foi a primeira vez que o transporte pela hidrovia foi interrompido. Entre 2014 e 2016, durante uma das maiores crises hídricas do estado de SP, a hidrovia também ficou paralisada por 20 meses.
Importância econômica
Em 2020, antes da paralisação, 2,1 milhões de toneladas de cargas foram transportadas pela hidrovia. Para 2021, a expectativa era de um aumento de 10% a 15% em relação aos anos anteriores, mas a paralisação evitou o crescimento do setor.
No porto de Pederneiras, 80% dos trabalhadores foram demitidos, sendo estimado um prejuízo de R$ 3 bilhões para o setor, de acordo com o sindicato das empresas que operam na hidrovia.
Sem a Tietê-Paraná, toda a produção agrícola foi transportada pelas rodovias, tornando a operação mais cara. A exemplo dos custos, um comboio de quatro barcaças viaja com seis mil toneladas de carga, enquanto que, para transportar essa mesma quantidade por terra, são necessários 162 caminhões.
Fonte: G1