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Cinquenta e quatro cães foram resgatados em situação de maus-tratos em Piracicaba (SP), nesta terça-feira (20). Os animais estavam sujos, alguns machucados e sem alimento e água, segundo a Guarda Municipal.
Conforme a corporação, o local já era alvo de denúncias desde abril, mas a proprietária não autorizava a entrada para vistoria. As equipes então encaminharam as denúncias para o Ministério Público, junto com imagens enviadas por denunciantes.
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“Com isso em mãos e mais a denúncia protocolada, encaminhamos para o Ministério Público e a Promotoria de Justiça entendeu como uma situação do crime de maus-tratos, chegou no Poder Judiciário, pediu mandado de busca e apreensão, que foi expedido”, afirmou a guarda Renata Caetano.
Ainda segundo ela, nesta quarta, durante o cumprimento do mandado, o local estava extremamente sujo, os animais estavam sem alimentos e com uma única vasilha de água, que estava suja também.
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“Os cães da raça Lulu da Pomerânia tinham fezes penduradas nos pelos. A ninhada de Samoieda estava no meio de placenta e fezes, bem sujo o local. E alguns animais estavam presos em gaiolas pequenas. Os cães Doberman estavam com as orelhas mutiladas”, descreveu.
O local também tinha materiais como seringas usadas e enferrujadas, além de guardadas em local inadequado, medicamentos de uso restrito veterinário e com a validade vencida.
Os guardas solicitaram a carteira de vacinação dos animais para a proprietária, que apresentou apenas seis.
Durante o cumprimento ficou atestado pela médica veterinária Andrea Rodrigues Cella que o local é insalubre. A responsável pelos cães pode ser multada e os valores variam de R$ 300 a R$ 2.800 por animal.
Por conta da situação do local, todos os animais foram apreendidos e encaminhados a uma clínica veterinária para coleta de sangue e outros exames. Eles estão sob responsabilidade de duas ONGs da cidade. A perícia da Polícia Civil também esteve no local.
A tutora dos animais informou que os cães são bem cuidados e dois dos cachorros estavam sem água porque viraram o pote. Ela disse que os remédios e seringas são antidepressivos de uso próprio, e não dos cachorros.
Ela diz que registrou um boletim de ocorrência e vai entrar na Justiça para ter os animais de volta.
Fonte: G1