segunda-feira, 27 junho, 2022
O governo federal notificou ontem supermercados e representantes de produtores de alimentos para que expliquem a alta nos preços de itens essenciais na mesa do brasileiro, como arroz, feijão e o óleo de soja.
A iniciativa partiu da Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que promete multas acima de R$ 10 milhões caso se verifique abuso de preço. Varejistas e produtores têm cinco dias para se explicarem.
Na quinta-feira passada, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) procurou o governo para solicitar ajuda em soluções para conter os preços. O presidente da entidade, João Sanzovo Neto, se reuniu ontem com o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que o setor vai fazer campanha para a população trocar o arroz pelo macarrão.
Associações ligadas ao setor, como a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e a SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), orientaram supermercados a comprar somente o necessário para reposição na tentativa de negociar valores. O resultado da prática tem sido a limitação de venda de unidades de arroz e óleo ao consumidor.
Para o governo federal, a alta principalmente do arroz e do óleo de soja, que em um ano subiram 19% e 18%, respectivamente, foi motivada pelo aumento das exportações com a desvalorização do real frente ao dólar e pela alta do consumo após os pagamentos do auxílio emergencial durante a pandemia.
A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que o governo não pode intervir nos preços, mas que vai liberar a importação até o fim do ano de arroz dos Estados Unidos e da Tailândia. A Câmara de Comércio Exterior aprovou ontem zerar a taxa de importação do produto.
A alta tem a ver com ganância ou é uma desarrumação do mercado?
O produtor, como todo negócio, olha aquilo que vai dar lucro. Foi um ano excepcional para a agricultura porque o câmbio ficou favorável e abriu o mercado. Tem uma série de coisas que aconteceram. Agora é que está entrando a produção norte-americana, que colhe no segundo semestre. A brasileira acontece no primeiro. Cada produto tem sua peculiaridade. A soja registrou muita exportação. Apesar de ser produzida em larga escala no país, não está sobrando. Mas esse é um mercado muito organizado. O arroz já é muito concentrado no Rio Grande do Sul, que teve seca violenta. Mas não afetou porque o arroz é irrigável. O que houve foi diminuição de área. Isso vinha acontecendo há muitos anos. Ficamos com estoque justo porque nosso consumo também aumentou com a pandemia. Essa série de fatores fez com que o arroz esteja realmente muito alto. Não posso dizer que tenha abuso. O ministério monitora os estoques e se temos produtos para não haver desabastecimento. O preço é o mercado que controla. Hoje, estamos abrindo importação de arroz, que não é do Mercosul, que também está com pouco estoque. Esse arroz deve vir dos Estados Unidos e da Tailândia, mas só por um período. Não foi abertura geral. A gente quer que os agricultores produzam no próximo ano quantidade maior.
Quando as medidas vão chegar no preço final do arroz?
É difícil dizer porque a gente libera a tarifa, mas quem faz a compra e comercializa é o setor privado. O governo não vai intervir. A gente faz só essa concessão de liberação de uma cota e da tarifa para que o produto possa entrar e fazer o equilíbrio. Com certeza, a lei da oferta e da procura funcionará razoavelmente bem.
Fonte: Jornal Metro
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