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O furacão Laura, que causou a morte de pelo menos 24 pessoas no Haiti e na República Dominicana, deve atingir a categoria 3 nas próximas horas, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), e é considerado uma ameaça significativa aos estados de Louisiana e Texas.
A previsão é de que Laura chegue à costa, ainda nesta terça-feira (25), com ventos de até 185 km/h, sendo o primeiro grande furacão desta temporada.
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No boletim mais recente, emitido às 12 horas (horário de Brasília), Laura tinha ventos de 120 km/h, o que o classifica como um furacão de categoria 1, e estava a cerca de 845 km de Lake Charles, na Louisiana, e 900 km de Galveston, no Texas. Um alerta foi emitido para os dois estados para as próximas 36 horas.
Autoridades das cidades texanas de Port Arthur e Galveston, que possuem cerca de 50 mil habitantes cada, emitiram ordens de evacuação obrigatória.
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A Cruz Vermelha americana informou que deixou pré-posicionados 700 voluntários e suprimentos de socorro para atender aos dois estados, caso haja necessidade.
A outra tempestade tropical que havia se formado na região, Marco, foi rebaixada para uma depressão tropical nesta terça.
Marco foi a 13ª tempestade com nome na temporada de furacões de 2020. A tempestade tropical Laura foi a 12ª tempestade deste ano, batendo o recorde de maior número de tempestades tropicais antes do mês de setembro. A única outra vez que isso aconteceu foi em 2005, ano dos furacões Katrina e Wilma, segundo jornal “Sun Sentinel”.
Indústria do petróleo
A indústria petrolífera também se prepara para a chegada de Laura, reduzindo a produção de petróleo a um nível que se aproxima do verificado à época do furacão Katrina, em 2005, e interrompendo o refino de petróleo em unidades da costa do Texas/Louisiana.
De acordo com a Reuters, na segunda-feira, a tempestade já havia interrompido a produção de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo, cerca de 82% da produção “offshore” do Golfo do México –nível que se aproxima da paralisação de 90% causada pelo Katrina há 15 anos.
Refinarias paralisaram instalações que processam pelo menos 1,8 milhão de bpd de petróleo, 10% da capacidade total dos EUA, segundo cálculo da agência. Na esteira da interrupção, os preços da gasolina dispararam nesta terça-feira, acumulando alta de mais de 10% desde sexta-feira.
“Haverá uma tempestade significativa de Galveston, no Texas, até o rio Sabine”, área que compreende algumas das maiores refinarias da região, disse Kerr, da DTN. “Há condições ideais nas regiões central e oeste do Golfo para uma rápida intensificação.”
O fenômeno climático deve levar a fortes chuvas em uma área que representa mais de 45% da capacidade total de refino dos EUA e 17% da produção de petróleo, segundo a Administração de Informação sobre Energia (AIE).
Fonte: Yahoo!