26 de julho, 2024

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Furacão Ian deixa milhões sem luz e causa inundações ‘catastróficas’ na Flórida

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O poderoso furacão Ian varreu o estado da Flórida, nessa quarta-feira, com ventos violentos e chuvas torrenciais, causando inundações “catastróficas” e falta de energia na região.

Motoristas se arriscam a cruzar ponte durante a tormenta em Sarasota, Flórida (Foto: Reprodução)

Ao sul do caminho do furacão, perto de Florida Keys, as más condições do tempo viraram um barco que transportava migrantes – a Guarda Costeira ainda procura por 20 pessoas. Três dos náufragos foram resgatados da água e outros quatro conseguiram nadar até a praia.

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Muitas árvores não resistiram à passagem do furacão Ian pela Flórida, causando acidentes com a rede elétrica e interrompendo vias — Foto: Sean Rayford/Getty Images/AFP
Muitas árvores não resistiram à passagem do furacão Ian pela Flórida, causando acidentes com a rede elétrica e interrompendo vias (Foto: Reprodução)
Barcos encalham no porto de Charlotte, durante um recuo da maré, quando o olho do furacão Ian passa em Punta Gorda, Flórida (Foto: Reprodução)

Com ventos de até 185km por hora, Ian atingiu o continente ao longo de Cayo Costa, no sudoeste do estado, às 15h05, horário local, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Trajetória do furacão Ian — Foto: Editoria de Arte
Trajetória do furacão Ian (Foto: Editoria de Arte)

O furacão Ian deixou “inundações catastróficas” em seu rastro, disse o NHC, que também rebaixou a força do furacão para a categoria 3, na escala Saffir-Simpson, que vai de um a cinco, embora continue perigoso.

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Trevas

Ian deixou quase dois milhões de casas sem eletricidade, ao anoitecer de quarta-feira na Flórida, especialmente em áreas ao redor do caminho do furacão, segundo o site especializado PowerOutage, que registra interrupções de energia nos Estados Unidos.

Morador se esforça para correr contra o vento até um abrigo, em Sarasota (Foto: Reprodução)

Muitos dos municípios próximos ao local por onde Ian chegou estavam quase completamente sem energia, de acordo com a mesma fonte.

Ian, que já devastou o oeste de Cuba nos últimos dias, provocando inundações, apagões e mortes, deve se dirigir para o Atlântico ocidental, na noite de quinta-feira, segundo o NHC.

Ruas alagadas em Havanam capital cubana, e apagões de energia durante a passagem do furacão Ian (Foto: Reprodução)

A cidade de Punta Gorda também ficou mergulhada na escuridão. Durante a noite, apenas alguns prédios com geradores elétricos ainda estavam iluminados. Os únicos ruídos captados eram o rugido do vento e da chuva persistente.

Horas antes, a cidade teve uma breve pausa quando estava no olho do furacão. Mas as tempestades e chuvas voltaram com mais força, arrancando placas de sinalização e levando grandes pedaços de telhados e galhos de árvores.

Em Naples, no sudoeste da Flórida, imagens do canal MSNBC mostraram ruas completamente inundadas e carros flutuando na corrente, enquanto em Fort Myers, a inundação foi tão grande que alguns bairros pareciam lagos.

Em algumas áreas, as inundações podem ultrapassar três metros, anunciou o governador do estado, Ron DeSantis, na noite de quarta-feira.

Furacões mais fortes

O governador DeSantis disse na quarta-feira à noite que Ian “é um dos cinco furacões mais poderosos que já atingiram a Flórida”.

Foto tirada da Estação Espacial Internacional mostra o furacão Ian passando por Cuba e seguindo em direção à Flórida (Foto: NASA Earth Observatory)

– Esta é uma tempestade sobre a qual se falará por muitos anos – disse o diretor do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), Ken Graham, em entrevista coletiva.

Deanne Criswell, chefe da FEMA, a agência federal encarregada de gerenciar desastres naturais, disse que Ian continuará sendo uma tempestade “muito perigosa” pelos “próximos dias”.

Ian, que atingiu Cuba na terça-feira, deixou dois mortos e uma queda total de energia na ilha.

Especialistas apontam que, à medida que a superfície dos oceanos aquece, aumenta a frequência de furacões mais intensos, com ventos mais fortes e mais precipitação, mas não o número total de furacões.

De acordo com Gary Lackmann, professor de ciências atmosféricas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, vários estudos mostraram uma “possível ligação” entre as mudanças climáticas e um fenômeno conhecido como “intensificação rápida”, quando uma tempestade tropical relativamente fraca se fortalece, como é o caso do furacão Ian.

“Permanece um consenso de que, no futuro, haverá menos tempestades, mas as mais importantes serão mais intensas”, disse o cientista.

Fonte: Yahoo!

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