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Funcionários do hospital São Luiz que prestaram atendimento à jovem Ana Paula Saqui de Paula, que morreu depois do parto normal em Boituva (SP), pediram o desligamento da unidade após o ocorrido, segundo a Secretaria de Saúde da cidade.
De acordo com o secretário Elcio Ferreira Sena, os funcionários não fazem mais parte do quadro de profissionais da unidade. O hospital abriu sindicância interna e a conduta dos médicos será apurada pelo Conselho Regional de Medicina.
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“Vamos continuar acompanhando o desdobramento da história e também o atendimento das gestantes do município. Temos ciência de que os profissionais que estavam no atendimento da gestante já não trabalham mais na instituição. Após o fato, os profissionais solicitaram o desligamento do Hospital São Luiz”, afirmou.
De acordo com o hospital, a sindicância interna foi concluída. No entanto, o processo corre em segredo de Justiça.
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O hospital afirmou também que está prestando apoio e assistência à família da jovem e que está passando por uma restruturação dos prestadores de serviços médicos.
Seis vereadores de Boituva criaram uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para também apurar a morte da estudante e o caso está em fase de investigação.
Morte
A morte da jovem foi parar na delegacia e a família registrou um boletim de ocorrência contra o hospital. Uma foto enviada ao G1 pelo marido de Ana Paula, Igor Aparecido Pereira, mostra imagem que ele tem dos três juntos.
De acordo com o registro, Ana Paula, grávida de nove meses, deu entrada na unidade, em Boituva, na noite do dia 25 de abril. A médica que a atendeu prescreveu que a jovem tomasse um soro com um medicamento e sugeriu que ela esperasse pelo trabalho de parto no hospital ou em casa.
A jovem e o companheiro dela optaram, conforme o registro policial, por voltar para a casa. Contudo, na madrugada do dia 26 de abril, eles retornaram à unidade.
A família afirmou também para a polícia que a gestante recebeu atendimento da equipe de enfermagem e às 12h a médica verificou que a dilatação da jovem estava apta para o parto.
Eles relataram que a paciente pediu que fosse feita cesariana e a médica perguntou pelo anestesista. Ainda segundo o B.O., o profissional teria informado que conseguiria chegar ao hospital apenas por volta das 16h.
A médica voltou a tentar o parto normal com o uso do fórceps. Após o parto, Ana Paula foi encaminhada ao quarto do hospital, mas ela começou a ter hemorragia.
Devido à gravidade do caso, a paciente chegou a ser encaminhada a um hospital de Sorocaba (SP), mas não resistiu e morreu antes de chegar na unidade na manhã do dia 27 de abril. O caso foi registrado na Polícia Civil de Boituva e está sendo investigado.
Já a bebê, Estella, recebeu alta hospitalar no dia 30 de abril e recebe os cuidados do pai Igor Aparecido Pereira e dos avós.
Fonte: G1