Formulários do Estado Islâmico têm nomes de 22 mil pessoas de 51 países

Mais de 22 mil documentos mostram os endereços, números de telefone e contatos familiares daqueles que se inscreveram para participar do grupo terrorista Estado Islâmico, segundo reportagem exclusiva da “Sky News”. Para participar do grupo era preciso responder a 23 perguntas.

A reportagem teve acesso aos formulários que mostram documentos de pessoas de 51 países, incluindo o Reino Unido. A lista tem nomes de jihadistas conhecidos. Os arquivos foram passados ​​para a “Sky News” em um pendrive roubado do chefe da polícia de segurança interna do Estado Islâmico, um homem que seria designado para proteger os segredos do grupo.

Os formulários têm 23 perguntas (Foto: Reprodução)

O homem que roubou era um antigo membro do Exército Sírio que se converteu ao Estado Islâmico e se chama Abu Hamed. Desiludido com a liderança Estado Islâmico, ele afirmou que está com ex-soldados do partido iraquiano Baath de Saddam Hussein. O homem disse que as regras islâmicas que ele acreditava entraram em colapso dentro da organização, levando-o a sair.

O homem que roubou os dados do Estado Islâmico (Foto: Reprodução)

O correspondente da “Sky News” Stuart Ramsay disse que conheceu o homem num local secreto na Turquia. Ele disse que o Estado Islâmico é uma mentira porque não segue ao Islã. O homem também disse que o Estado Islâmico está desistindo da sua sede em Raqqa e movendo-se para os desertos centrais da Síria e, finalmente, para o Iraque, o berço do grupo. Segundo ele, o grupo está trabalhando com o governo sírio. Quando perguntado se os arquivos poderiam derrubar o Estado Islâmico, ele disse “Se Deus quiser”, contou o jornalista. Os documentos foram entregues para autoridades do Reino Unido.

Segundo a “CNN”, um jornal de oposição síria também divulgou documentos do Estado Islâmico com 1.736 páginas. Um porta-voz da polícia criminal federal alemã disse que os documentos parecem ser legítimos. “Acreditamos que é muito provável estes são documentos sejam autênticos”, disse Markus Koths.

Confira as perguntas que eram feitas pelos recrutadores do Estado Islâmico:

– Primeiro e último nome

– Nome falso

– Nome da mãe

– Tipo sanguíneo

– Data de nascimento/ nacionalidade

– Estado civil

– Endereço e local de nascimento

– Educação

– Nível de sharia (conhecimento da religião islâmica)

– Trabalho anterior

– Países visitados

– Ponto de entrada de fronteira

-Data de entrada

– Quem lhe recomendou?

– Experiência jihadista anterior

– Soldado ou suicida?

– Campo de especialidade

– Local de trabalho atual

– Propriedades pessoais que você deixando para trás

– Nível de obediência

– Endereço para a comunicação futuro

– Data do óbito e local

– Notas

Fonte: Extra