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A ex-guerrilha das Farc denunciou nesta terça-feira a captura pela Interpol no México de um de seus líderes e ex-negociadores do acordo de paz, a pedido do governo colombiano.
Conhecido como “chanceler” das Farc na época do conflito, Rodrigo Granda foi detido pela Interpol em resposta a uma “circular vermelha”, publicaram no Twitter os congressistas Carlos Lozada e Pablo Catatumbo, líderes do partido Comunes, que surgiu do acordo de paz com a antiga guerrilha.
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Lozada classificou a prisão como “uma violação clara” do acordo de 2016, negociado em Cuba, que encerrou mais de meio século de luta rebelde. Segundo o parlamentar, Granda viajou com a autorização do tribunal especial de paz que investiga os piores crimes cometidos no contexto do conflito com as extintas Farc. Os ex-rebeldes respondem no tribunal por crimes como sequestro e recrutamento de menores.
“Fomos informados de que o governo de @IvanDuque pediu à Interpol para ativar a circular vermelha enquanto ele voava para o México, em uma clara violação do Acordo de Paz”, enfatizou Lozada. O governo colombiano não se pronunciou sobre a denúncia da ex-guerrilha.
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Granda, que foi preso na Venezuela em 2005, durante uma operação secreta, e transferido para a Colômbia quando trabalhava como contato internacional para as Farc, foi um dos negociadores do acordo de paz em Havana.
A prisão do “chanceler” da guerrilha, que não foi confirmada oficialmente, acontece a pouco mais de um mês do quinto aniversário do acordo de paz. O Comunes acusou o atual presidente colombiano, Iván Duque, de seguir “atacando o processo de paz”. “Respeite aqueles de nós que acreditam na paz e cumpra seu dever de nos deixar participar da política!”, tuitou o partido esquerdista.
Fonte: Yahoo!