19 de setembro, 2024

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Famoso cientista de foguetes russo é achado morto após falha de pouso na Lua: ‘envenenamento por cogumelo’

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Um importante cientista de foguetes russo morreu de “envenenamento por cogumelo” semanas após o fracassado pouso de nave da Rússia na Lua. Vitaly Melnikov, que tinha 77 anos, chefiou o Departamento de Foguetes e Sistemas Espaciais da RSC Energia, o principal fabricante de espaçonaves de Moscou.

A fonte de seu envenenamento foram cogumelos não comestíveis, de acordo com uma “versão preliminar”, relatou o “Moskovsky Komsomolets”. Os médicos não conseguiram salvá-lo depois de lutar contra o “envenenamento grave” por mais de duas semanas. O governo russo não se manifestou sobre as circunstâncias da morte.

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Vitaly Melnikov (Foto: Reprodução)

A Rússia testemunhou uma série de mortes misteriosas ou suspeitas nos últimos dois anos, desde que Vladimir Putin começou a preparar a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro do ano passado. Inimigos do Kremlin afirmam que Putin preside um Estado “mafioso”, onde o assassinato (e a ameaça de assassinato) é uma ferramenta usada para derrotar opositores e manter fora de circulação os seus inquietos aliados, segundo especialistas.

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tornou-se o último a juntar-se a uma impressionante contagem de 40 mortes de alto perfil sob suspeita. O líder miliciano, que se tornou inimigo de Putin após liderar uma tentativa de golpe, morreu na queda de uma avião na semana passada, em circunstâncias não esclarecidas totalmente. O caso vem alimentando teorias da conspiração nas redes sociais.

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Melnikov trabalhou como pesquisador-chefe na TsNIIMASH, uma divisão da Roscosmos, a agência espacial russa. Ele foi autor de 291 artigos científicos e foi considerado um dos cientistas espaciais mais respeitados.

Vitaly Melnikov (Foto: Reprodução)

A morte de Melnikov ocorre poucas semanas depois de o astrônomo Mikhail Marov, 90 anos, ter sofrido uma “grave deterioração” da sua saúde após a falha do projeto lunar. O cientista havia falado sobre sua “última esperança” de ver a espaçonave pousando antes de ser misteriosamente levado às pressas para o hospital. Marov descreveu a missão como “a última chance de ver o renascimento do nosso programa lunar”.

A primeira missão lunar de Moscou em 50 anos terminou em desastre depois que a sonda Luna-25 caiu na superfície do satélite natural da Terra após girar fora de controle. A espaçonave não tripulada foi despedaçada depois de cair na superfície lunar.

Abaixo, outras mortes suspeitas de terem a participação do governo da Rússia:

Pavel Antov

O caso de Kristina se junta a uma série de mortes misteriosas de oligarcas russos, desde o começo de 2022. Em dezembro do ano passado, Pavel Antov morreu após cair da sacada do quarto onde estava hospedado na Índia. Ele tinha uma fortuna estimada em R$ 782 milhões e era crítico ao governo do presidente Vladimir Putin pela invasão da Ucrânia.

Yuri Voronov

Yuri Voronov, de 61 anos, era ligado à Gazprom, empresa estatal da área de energia, e foi encontrado morto em sua casa, nos arredores de São Petersburgo, em julho. O corpo de Voronov estava boiando na piscina, com um tiro na cabeça. Uma pistola foi encontrada no local, assim como cápsulas de munição deflagradas, segundo a imprensa russa. A residência de alto padrão fica localizada no distrito de Vyborgsky.

Yuri Voronov (Foto: Reprodução)

Ele foi o fundador e diretor geral da empresa de transporte e logística Astra-Shipping, que tinha contratos milionários com a Gazprom. O caso é investigado pela polícia russa. De acordo com informações preliminares divulgadas pela imprensa local, a arma foi disparada à queima-roupa e Voronov morreu até 14 horas antes de seu corpo ser descoberto.

Sergei Protosenya

Ex-vice-presidente da empresa de gás natural Novatek, Sergei Protosenya, de 55 anos, foi encontrado morto em sua mansão na Catalunha, na Espanha, ao lado dos corpos da sua mulher, Natalya, e filha, Maria. A suspeita da polícia espanhola é de que o homem tenha esfaqueado as duas e depois se enforcado no jardim da residência, em 19 de abril.

Segundo veículos de imprensa locais, o corpo do homem não tinha traços de sangue. Uma carta de suicídio também não foi encontrada pelas autoridades.

— Ele amava a minha mãe e principalmente Maria, a minha irmã. Ela era a sua princesa. Nunca faria nada para as prejudicar. Não sei o que aconteceu naquela noite, mas sei que não foi o meu pai que as assassinou. Ele não foi — disse o filho de Sergei, Fedor Protosenya, de 22 anos, que estava na França quando o crime aconteceu.

Com uma fortuna estimada em US$ 440 milhões, Protosenya formou-se engenheiro em Moscou. Segundo jornais da Catalunha, a polícia encontrou no local da morte seis carros das marcas BMW, Mercedes, Mustang e Audi, além de pelo menos 10 mil euros em espécie.

Vladislav Avayev

Menos de 24 horas depois da morte Protosenya e sua família, o também multimilionário Vladislav Avayev, de 51 anos, foi encontrado morto com sua mulher e a filha de 13 anos em um apartamento em Moscou. A morte é similar à de Protosenya: Avayev teria matado a família com uma pistola e depois cometido suicídio.

Treze armas teriam sido encontrados dentro do apartamento de luxo de Avayev, avaliado em 2,4 milhões de euros. O multimilionário havia sido vice-presidente do Gazprombank, um dos principais do país.

Leonid Schulman

Leonid Schulman, de 60 anos, ocupava o cargo de diretor da Gazprom e foi encontrado morto na banheira de sua casa, em São Petersburgo. Uma carta indicando suicídio estava próxima ao corpo.

A morte de Schulman foi a primeira ligada à Gazprom. Segundo a empresa, ele havia tirado uma licença para tratar de problemas de saúde. “Nosso colega, chefe do serviço de transporte, Leonid Aleksandrovich Shulman, faleceu. As circunstâncias estão sendo investigadas”, disse a empresa, em comunicado na época.

Mikhail Watford

Nascido na Ucrânia, Mikhail Watford, de 66 anos, foi encontrado morto em sua residência de luxo, avaliada em 18 milhões de libras, no condado de Surrey, na Inglaterra. A polícia inglesa ainda não esclareceu as circunstâncias de sua morte, mas adiantou que não a considera suspeita.

Mikhail Watford foi encontrado morto em sua residência de luxo, avaliada em 18 milhões de libras, no condado de Surrey, na Inglaterra (Foto: Reprodução)

Watford fez fortuna nas indústrias de gás e petróleo após a queda da União Soviética. Nascido Mikhail Tolstosheya, ele decidiu alterar seu sobrenome após se mudar para Inglaterra no início dos anos 2000.

Vasily Melnikov

Dono de uma empresa do setor médico, Vasily Melnikov foi encontrado morto com sua família em uma casa em Novgorod. As circunstâncias da morte de Melnikov são similares às de outros russos na lista, e a polícia suspeita que ele tenha matado a mulher e os filhos. Sua empresa, a Medstom, foi fundada em 2003 e trabalha fornecendo equipamentos e insumos para hospitais.

Alexander Tyulyakov

Também ligado à Gazprom, Alexander Tyulyakov, de 61 anos, foi encontrado enforcado nos arredores de São Petersburgo, no dia 25 de fevereiro. Seu corpo estava na garagem de um chalé.

Andrei Krukovsky

A última morte suspeita foi a de Andrei Krukovsky, um russo de 37 anos que trabalhava como diretor-geral do resort de ski de Krasnaya Polyana, gerido pela Gazprom. Ele teria caído de um penhasco na fortaleza de Aczipsinskoy, na cidade de Sochi, e não resistiu aos ferimentos.

Aleksandr Subbotin

O bilionário, que tinha de 43 anos, foi encontrado morto na casa de um xamã no último fim de semana. A suspeita é de que o magnata tenha se intoxicado por veneno de sapo. Subbotin foi encontrado morto no porão da casa em Mytishchi, uma cidade a nordeste de Moscou, no domingo. A agência russa Tass informou que o bilionário aparentemente sofreu um ataque cardíaco.

Aleksandr Subbotin (Foto: Reprodução)

De acordo com a Tass, o bilionário supostamente foi para a casa do xamã Magua “em estado de intoxicação alcoólica grave e drogas no dia anterior” de sua morte. A morte teria ocorrido após uma sessão para curar ressaca.

Segundo a revista “Newsweek”, o xamã fez incisões na pele de Subbotin e pingou veneno de sapo. A justificativa para o procedimento, segundo a agência italiana Ansa, era o fortalecimento do sistema imunológico.

Fonte: Extra

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