26 de dezembro, 2024

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Familiares aguardam a iminente entrada de mergulhadores na mina com 10 mineiros presos no México

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Com mais cautela do que entusiasmo, familiares dos 10 mineiros que seguem presos há uma semana pela inundação em uma mina no norte do México aguardam nesta quarta-feira (10) a iminente entrada de equipes de resgate que tentarão levá-los de volta à superfície.

“Todos os socorristas estão com o equipamento para poder entrar a qualquer momento hoje”, disse a coordenadora nacional da Defesa Civil, Laura Velázquez, durante a habitual coletiva de imprensa do presidente Andrés Manuel López Obrador.

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Nos arredores da mina El Pinabete, no município de Agujita, estado de Coahuila, parentes dos mineiros ouviam em seus celulares a reunião que os representantes do governo tiveram com outros familiares que estão na zona de resgate.

De um telefone, uma voz de mulher explica que a água dos poços havia atingido um nível “ótimo” para os mergulhadores militares começarem a explorar e entrar.

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“Vamos torcer para que agora seja pra valer. Todos os dias dizem a mesma coisa”, declarou o cético Juan Orlando Mireles, que junto com dois irmãos aguarda o retorno com vida de seu pai, José Luis.

Há cinco dias, militares mexicanos ergueram um perímetro que mantém os jornalistas, mas também muitos familiares, separados da área de resgate. É pelo celular que “os de fora” acompanham os informes que ocorrem algumas vezes ao dia.

A partir desse ponto não se vê muita atividade. Apenas trabalhadores e soldados circulam ao redor dos muitos canos que extraem jatos de água dos poços onde ficaram presos os mineiros, cuja localização exata é desconhecida.

“Para agilizar o processo de extração de água, foi desenvolvida uma estratégia que permite aumentar a vazão através da perfuração de dez” furos, afirmou Velázquez na coletiva.

A mina onde ocorreu o incidente tem cerca de 60 metros de profundidade e está parcialmente cheia de água turva e elementos sólidos que até agora impediram a entrada de socorristas, segundo imagens gravadas com um drone aquático e divulgadas pela Defesa Civil.

Muita água acumulada

De acordo com o governo, na última quarta-feira, os mineiros agora presos abriram um buraco em uma mina adjacente que estava inundada, fazendo com que a água transbordasse para o local onde estavam.

Desde então, as autoridades têm se concentrado em baixar o nível da água para 1,5 metro para viabilizar o acesso.

Em uma região do México atingida por uma seca severa, a quantidade de líquido que vem sendo extraída há uma semana é surpreendente.

Mireles, mineiro como seu pai, explica que isso pode ter a ver com a proximidade do rio Sabinas e a existência da antiga mina Las Conchas, abandonada há mais de 30 anos, onde teria se acumulado a enorme quantidade de água que enchia esses precários poços de carvão.

Diferente dos “pocitos”, um método artesanal que abre um buraco da superfície até alcançar o manto de carvão, minas industriais como Las Conchas têm longos túneis subterrâneos onde a água se acumularia, segundo Mireles.

Os trabalhadores costumam descer por essas cavidades que carecem de reforços em suas paredes, diferentemente das operações industriais.

Segundo o governador de Coahuila, Miguel Riquelme, a mina operada por uma empresa privada não tinha planos atualizados.

O Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação sobre mais este acidente de mineração, que não são raros na região.

Fonte: Yahoo!

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