26 de dezembro, 2024

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Família denuncia omissão de socorro após morte de menina de 2 anos em UPA no interior de SP

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A Polícia Civil investiga a morte de uma menina de dois anos, em Itapeva (SP), após a família registrar um boletim de ocorrência por omissão de socorro contra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

O advogado da família da criança relatou, na delegacia, que ela morreu na noite de sábado (23), após não receber atendimento médico adequado na UPA da cidade. Segundo familiares, a vítima foi atendida três vezes na unidade entre sexta-feira (22) e sábado.

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Em nota, a Prefeitura de Itapeva informou que a menina deu entrada na UPA na sexta-feira com sintomas gripais, e recebeu alta após avaliação. No mesmo dia, ela retornou à unidade com diarreia e vômitos, mas foi medicada e liberada novamente em estado estável.

No dia seguinte, sábado, ela voltou à UPA com sintomas persistentes, foi submetida a exames e mantida em observação.

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Família denuncia omissão de socorro após morte de menina de 2 anos em UPA de Itapeva (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Conforme a prefeitura, enquanto estava na UPA, a paciente foi inserida mais de uma vez na lista da Central de Regulação de Vagas do Estado, sendo solicitado leito de UTI, que foi cedido por um hospital de convênio que a paciente possuía.

Durante esse período, o quadro da menina piorou, evoluindo para crises convulsivas, insuficiência respiratória e paradas cardiorrespiratórias. Segundo a prefeitura, apesar das manobras de reanimação, a paciente não resistiu.

O advogado da família informou ao g1 que medidas legais foram tomadas. Além do registro da ocorrência, o representante legal dos pais da criança pediu a revisão do atestado de óbito. “O primeiro documento indicava morte por insuficiência respiratória grave e aguda. Agora, o novo documento está aguardando exames”, explica.

O delegado responsável pelo caso pediu um exame necroscópico da vítima e tenta esclarecer o que ocorreu durante o atendimento da menina.

Conforme o advogado, a família espera a conclusão dos laudos e do inquérito da Polícia Civil. “No nosso entendimento, a UPA não tinha condições de atendê-la e deveria ter feito a transferência”, declarou.

O corpo de Maria Júlia foi velado e enterrado na segunda-feira (25) em Itapeva.

Fonte: G1

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