20 abril, 2024
Anúncios
Em poucos anos, é possível que um caso de câncer seja identificado com um simples exame de sangue. Uma nova técnica desenvolvida pelos cientistas da Universidade Johns Hopkins é capaz de revelar a presença de tumores malígnos em oito diferentes tecidos do organismo humano: nos ovários, no fígado, no estômago, no pâncreas, no esôfago, no reto, no pulmão e na mama.
De acordo com o artigo científico publicado na revista Science, o exame recebeu o nome de CancerSEEK e apresenta uma taxa de precisão de aproximadamente 70%. E o melhor é que tal análise é possível por um valor extremamente baixo para os padrões científicos: custa atualmente US$ 500 (R$ 1.600), mas a tendência é que seja mais barato.
Anúncios
CREVIS/SHUTTERSTOCKComo o exame encontra células de câncer?
O método CancerSEEK rastreia no sangue os níveis de 8 diferentes proteínas e a presença de mutações em 16 genes, mas funciona somente em casos no qual o tumor está em estágio inicial ou intermediário.
Anúncios
A eficácia média de seus resultado é de 70%, mas varia bastante de acordo com o tecido em questão. Por exemplo, acertou apenas 33% dos casos de câncer de mama tipo 1, mas conseguiu detectar 98% dos casos de tumores nos ovários. Nos tipos de câncer de ovário, fígado, estômago, pâncreas e esôfago, nos quais não há testes de triagem disponíveis para pacientes de risco médio, o percentual de acerto foi sempre superior a 69%.
Foram coletados dados de pelo menos 1 mil pacientes. Dentre os indivíduos que tinham câncer, em 70% deles o exame foi capaz de identificar os tumores, em estágio inicial ou intermediário. O exame encontrou 43% dos tumores de estágio I e 78% dos tumores de estágio III.
Técnica mais barata já realizada
O método mais comum para a descoberta de tumores são as biópsias líquidas, que podem detectar o câncer a partir de uma amostra de sangue que irriga o tecido no qual há suspeita da doença. No entanto, esta técnica só é capaz de identificar um único tipo de câncer.
Já o CancerSEEK mistura a análise da sequência de DNA com a presença de determinadas proteínas no sangue do indivíduo. É um método mais amplo de observação, embora seja também um tanto quanto simples e barato para os padrões atuais.
“Eles acabam com um desempenho semelhante a outras abordagens, mas com o que parece ser uma abordagem muito mais econômica”, disse Nitzan Rosenfeld, da Universidade de Cambridge, em depoimento à Science.
Agora, um teste amplo com pelo menos 10 mil indivíduos saudáveis será iniciado. A expectativa é que em 5 anos haja um resultado definitivo sobre a eficácia do exame – e uma queda ainda maior de seu valor.
Fonte: Vix
Geração de produtos plásticos colabora com poluição dos oceanos, aumentando de 23 a 37 milhões de...
© Desde 2012. Grupo LN de Comunicação. ® Todos os direitos reservados.