25 de novembro, 2024

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EUA busca acordo sobre migração com a América Latina

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Os Estados Unidos buscam alcançar um acordo “firme” com os países da América Latina sobre migração com vista para a Cúpula das Américas, que acontece em junho em Los Angeles, disse nesta quarta-feira (20) o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Blinken participou no Panamá, junto com o secretário de Segurança Interior, Alejandro Mayorkas, de uma reunião com ministros de cerca de 20 países latino-americanos em busca de acordos para abordar o tema da migração irregular na região.

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“O trabalho continua na Cúpula das Américas em junho, onde esperamos que os líderes de toda a região estabeleçam os princípios em comum para uma resposta conjunta à questão da migração regional e o deslocamento”, afirmou Blinken em coletiva de imprensa antes de deixar a Cidade do Panamá.

Ele ressaltou que os Estados Unidos buscam, com os governos da América Latina, “definir as bases para uma firme Declaração” na próxima Cúpula das Américas que estabeleça uma “resposta colaborativa e coordenada” para proteger os migrantes.

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Durante a reunião no Panamá “demonstramos o compromisso de nossas nações para resolver a abordar o desafio compartilhado de nossa região” para enfrentar a migração irregular, disse Mayorkas.

‘Estratégias permanentes’

O presidente americano, Joe Biden, convocou a Cúpula das Américas, que será realizada de 6 a 10 de junho em Los Angeles, para promover a democracia e isolar os governos autoritários da região.

O número recorde de pessoas que se deslocam em todo o mundo, provocado em muitas ocasiões por conflitos bélicos, crises econômicas, mudança climática e pobreza, gera uma crise humanitária que tem preocupado cada vez mais Washington.

Durante a reunião no Panamá, Blinken chamou para combaterem as causas fundamentais da migração irregular e apoiar países como Colômbia, México, Panamá e Costa Rica, que estão prestando assistência aos migrantes.

Os Estados Unidos e os governos da América Latina buscam também criar rotas legais para os migrantes e oferecer oportunidades econômicas, com a ajuda de organizações internacionais que geram emprego e desestimulam a migração irregular.

“Nós podemos fazer uma diferença profunda na vida de nossos concidadãos mais vulneráveis e pelo futuro da nossa região”, disse Blinken.

Por sua vez, a chanceler panamenha, Erika Mouynes, considerou que o fenômeno migratório aumentará, impulsionado pelos efeitos da mudança climática e invasão da Ucrânia.

“Não podemos vacilar porque a realidade se impõe. As estratégias devem ser permanentes e temos que continuar o trabalho que iniciamos”, declarou Mouynes.

Evitar o desespero

As autoridades americanas detiveram mais de 221.000 pessoas na fronteira com o México em março, a cifra mensal mais alta em mais de duas décadas.

Cidadãos de El Salvador, Guatemala, Haiti e Honduras fogem da pobreza extrema, da violência e dos desastres naturais agravados pela mudança climática.

Além disso, a inóspita selva de Darién, na fronteira entre Panamá e Colômbia, também é corredor para a migração irregular.

Em 2021, mais de 133.000 pessoas cruzaram essa selva panamenha em sua rota da América do Sul para os EUA, mais que o dobro do mesmo período do ano anterior.

Mayorkas anunciou que os Estados Unidos buscarão reativar acordos migratórios com Cuba, na antessala de uma reunião de alto nível entre Washington e Havana.

“Vamos nos concentrar em como evitar que essas pessoas e suas famílias não se vejam afetadas pelo desespero”, mas combater a migração irregular é um assunto “complexo” que precisa de uma solução “criativa e unificada”, declarou Mayorkas.

Quase 100 milhões de pessoas no mundo todo deixaram suas casas como parte da crise migratória. A atenção atualmente também está voltada para a Ucrânia, de onde 4,9 milhões fugiram desde a invasão russa em fevereiro.

Fonte: Yahoo!

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