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A prisão do artista Hamlet Lavastida em Cuba faz parte da ofensiva do governo cubano contra a liberdade de expressão, afirmou nesta terça-feira (6) um alto funcionário dos Estados Unidos.
“Para o governo cubano, cantar a música errada ou criar a arte errada é um crime”, disse Samantha Power, administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
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“Isso é parte de sua campanha para suprimir, censurar e punir a liberdade de expressão”, postou em sua conta no Twitter.
O tweet de Power foi reproduzido na mesma rede pela embaixada dos Estados Unidos em Cuba.
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Lavastida foi preso em Havana em 26 de junho, após cumprir quarentena por covid-19 ao chegar do exterior, e é acusado de “incitação ao crime” por meio de mensagens em redes sociais.
O artista visual de 38 anos “já foi acusado do crime de incitação à prática do crime, previsto e punido no Código Penal vigente, pelo qual foi posto à disposição do Ministério Público”, informou o noticiário estatal Razones de Cuba.
Lavastida retornou a Cuba em 20 de junho após completar uma residência de vários meses na galeria de arte Künstlerhaus Bethanien, em Berlim.
Durante essa estadia, “tem instigado e convocado ações de desobediência civil na via pública, utilizando as redes sociais e influência direta sobre outros elementos contra-revolucionários”, segundo Razones de Cuba.
Sua amiga, a escritora e poetisa Katherine Bisquet, pôde visitá-lo em Villa Marista, sede da Segurança do Estado, e denunciou que a lei está sendo aplicada “seletivamente” e “tem motivação política”.
Lavastida apoiou o Grupo San Isidro, formado por jovens artistas da oposição, que fez greve de fome em novembro passado exigindo a liberdade de um de seus integrantes.
A expulsão da casa onde estavam em greve resultou em um protesto sem precedentes de 300 jovens artistas em 27 de novembro em frente ao Ministério da Cultura, para exigir mais liberdade de expressão.
Fonte: Yahoo!