19 abril, 2024

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Espada de guerreiro viking de 1,1 mil anos é descoberta na Noruega

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Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia encontraram uma espada viking de pelo menos 1,1 mil anos enquanto escavavam um sítio arqueológico na vila de Vinjeøra, centro da Noruega. Embora ainda não tenham estudado o artefato a fundo, o achado animou os arqueólogos, pois, segundo eles, não é todo dia que uma espada tão bem preservada é descoberta.

“Estou um pouco surpresa com o quão pesada era. Eu não sei exatamente o quão pesada uma espada é, mas é bastante”, disse Astrid Kviseth, líder do estudo, em comunicado. “Você teria que ser muito forte para ser capaz de manusear essa espada.”

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Junto com a espada estavam uma lança, um machado, um escudo e o que sobrou dos restos mortais do dono dos artefatos. Como explicam os especialistas, o fato do homem ter sido enterrado com um conjunto completo de armas indica não apenas que ele era um guerreiro, mas também que era dono de uma fazenda.

“Na Idade Média, a lei ditava que um fazendeiro deveria adquirir armamento”, explicou Raymond Sauvage, um dos pesquisadores. “Primeiro, você precisava obter um machado e um escudo e, eventualmente, também uma lança e uma espada.”

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Algo que surpreendeu os pesquisadores foi o fato de que a espada foi enterrada à esquerda do corpo, sugerindo que seu dono era canhoto. Segundo os historiadores, a espada normalmente era colocada no lado direito do corpo em túmulos como esse — o que é estranho por si só.

Isso porque, se você é um guerreiro destro, o ideal é prender a espada do lado esquerdo do corpo, para poder puxá-la com a mão direita. “O porquê das espadas quase sempre serem colocadas do lado direito é um pouco misterioso. Uma teoria é que os mundos subterrâneos para os quais você vai após a morte são a imagem espelhada do mundo superior”, disse Sauvage.

Espada foi enterrada ao lado esquerdo do corpo, indicando que guerreiro era canhoto (Foto: Ellen Grav Ellingsen, NTNU University Museum)
Espada foi enterrada ao lado esquerdo do corpo, indicando que guerreiro era canhoto (Fotos: Ellen Grav Ellingsen, NTNU University Museum)

Além disso, o guerreiro foi enterrado sobre os túmulos de três outros guerreiros que morreram anteriormente. Os pesquisadores contam que reutilizar ou dividir covas era comum naquele canto do mundo e, provavelmente, era um hábito importante para as famílias que viviam em fazendas.

“Além de estarem presentes na fazenda como espíritos companheiros, os ancestrais poderiam continuar a compartilhar fisicamente os túmulos”, afirmou Sauvage. “Ser enterrado perto de um ancestral ou antepassado importante talvez fosse uma forma de ser incluído na comunidade de espíritos ancestrais.”

Miçanga encontrada com os restos mortais de uma mulher (Foto: Raymond Sauvage, NTNU University Museum)
Miçanga encontrada com os restos mortais de uma mulher (Foto: Raymond Sauvage, NTNU University Museum)

Na mesma vala também foi descoberta uma quarta sepultura cuja dona provavelmente era uma mulher que foi cremada no início da “era” viking. Segundo os cientistas, eles deduziram o sexo da pessoa com base nos artefatos enterrados com ela: um broche oval, uma tesoura e contas.

O que torna esse túmulo especial, no entanto, é a grande quantidade de ossos: quase dois quilos de restos mortais. Isso porque, embora após a cremação um corpo gere dois quilos de resíduos ósseos, na Idade do Ferro, apenas 250 gramas de ossos eram enterrados. “Sabemos muito pouco sobre [esse hábito]”, observou Sauvage. “Sabemos que aos ossos dos ancestrais eram atribuídas propriedades mágicas, como dar força e curar doenças.”

Os cientistas pretendem continuar estudando seus achados para explicar por que, nesse caso, os dois quilos de ossos foram enterrados. Além disso, eles acreditam que investigações laboratoriais revelarão mais informações sobre os artefatos descobertos.https://f24081263735cbb43bde2986f188e893.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

“Será emocionante levar a espada para o laboratório de conservação e fazer um raio-x para que possamos ver o que está escondido sob a corrosão”, disse Sauvage. “Talvez exista uma ornamentação ou um padrão de soldagem na lâmina.”

Fonte: Galileu

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