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Uma embarcação afundou na Baía de Guanabara na tarde deste domingo (5) com 14 pessoas a bordo. Até a última atualização desta reportagem, 6 haviam sido resgatadas com vida, 3 corpos foram encontrados e 5 pessoas estavam desaparecidas — entre elas, uma criança e um adolescente. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 17h25 para o acidente.
Os três corpos encontrados são de duas mulheres e um homem, ainda não identificados.
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Os seis tripulantes salvos teriam sido resgatados por um barco civil que passava pela região no momento do naufrágio. Equipes do 19º GBM (Ilha do Governador) prestaram os primeiros socorros às vítimas e as transportaram para o píer da Transpetro, na Ilha do Governador.
As vítimas resgatadas são:
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- Ana Paula de Souza, de 46 anos;
- Ana Nilda dos Santos Soares, de 43 anos;
- Erick Pereira da Silva, de 38 anos;
- Marcos Paulo da Silva Correia, de 45 anos – seria o dono da traineira
- Um menino de 10 anos;
- Um adolescente de 14 anos.
Na lista de desaparecidos estão:
- Uma criança de 3 anos;
- Um adolescente 14 anos;
- Fábio Dantas Soares; de 46 anos;
- Everson Costa de Assunção, de 45 anos;
- Evandro José Sena;
- Juliana Gomes Delana da Silva; 35 anos;
- Michele Bayerl de Moraes de Sena;
- Isabel Cristina de Souza Borges, de 38 anos.
A embarcação, conhecida como “Caiçara”, virou entre a Ilha do Governador e a Ilha de Paquetá por conta do mau tempo. Um temporal atingiu a cidade nesta tarde e deixou a capital em estágio de mobilização.
Guarda-vidas e mergulhadores faziam buscas pelas vítimas, com o apoio de uma lancha, motos aquáticas, botes e um helicóptero.
A informação inicial do secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, dizia se tratar de 12 pessoas a bordo. Mas, após ouvir o condutor da embarcação, a corporação atualizou o número para 14.
“Estamos no local com o Grupamento de Buscas e Salvamento e um helicóptero para tentar localizar essas vítimas. Também estamos com de lanchas, motos aquáticas, botes e aeronaves”, disse Monteiro. Segundo ele, os bombeiros passarão a noite na Baía.
Em nota, a Marinha do Brasil disse que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro tomou conhecimento “da ocorrência de um emborcamento de uma traineira na altura da Ilha do Governador (RJ).” E que um procedimento interno será instaurado para “apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente” (veja a nota completa mais abaixo).
Um homem que estava em um navio próximo ao local do acidente disse que soube do socorro pelo canal exclusivo de emergência.
“Ventava muito forte, e a embarcação simplesmente virou. Estou em um navio ao lado do ocorrido, porém com possibilidade restrita de manobra. O resgate chegou rápido, com embarcações menores”, disse.
Nota do Corpo de Bombeiros
“O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) foi acionado, na tarde deste domingo (05.02), para um naufrágio na Baía de Guanabara, próximo à Ilha de Paquetá.
Segundo relatos atualizados, havia 14 pessoas a bordo da embarcação. Seis vítimas foram resgatadas por terceiros, receberam os primeiros-socorros do CBMERJ e foram encaminhadas para o CER da Ilha do Governador: 2 mulheres, 2 homens e 2 crianças do sexo masculino.
Oito pessoas seguem desaparecidas: 1 criança e um adolescente do sexo masculino e seis adultos, sendo 3 homens e 3 mulheres.
Guarda-vidas e mergulhadores da corporação atuam nas buscas, com apoio de lanchas, motos aquáticas, botes e aeronaves.
A operação seguirá ininterruptamente.”
Nota da Marinha do Brasil (Comando do 1º Distrito Naval)
“A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informa que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) tomou conhecimento, na tarde de domingo (05), da ocorrência de um emborcamento de uma traineira na altura da Ilha do Governador (RJ).
Ressalta-se que a CPRJ enviou uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) ao local para averiguações tão logo teve ciência do ocorrido. A embarcação contava com 12 tripulantes, 6 deles devidamente resgatados até o momento. As buscas pelos demais estão sendo realizadas tanto pela Marinha do Brasil quanto pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Insta salientar que não foi verificado indício de poluição hídrica no local.
A CPRJ esclarece, também, que um procedimento interno será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente, bem como colher ensinamentos para reduzir a probabilidade de ocorrências análogas no futuro. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54.”
Fonte: G1