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Além da diminuição das hospitalizações por Covid-19 e das taxas de ocupação de UTI no estado de São Paulo, outro número também reforça o indício de que a pandemia dá sinais de melhora: 432 dos 645 municípios paulistas não registraram mortes pela doença desde o dia 27 de agosto.
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Entre eles estão Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato e Santana de Parnaíba (na região metropolitana da capital), Guarujá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, Ilha Comprida, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba (no litoral), Socorro, Serra Negra, Campos do Jordão, Lindóia e Águas de Lindóia (no interior do estado).
Se considerados os dados desde 6 de agosto, o número de cidades sem óbitos cai pela metade, para 210. Na lista estão Ilha Comprida, Ilhabela, Mongaguá e Ubatuba (litoral), Lindóia, Santo Antônio do Pinhal, Holambra e Cachoeira Paulista (interior), entre outras.
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A última morte de um morador de Botucatu por Covid-19 ocorreu no dia 31 de agosto, um homem de 65 anos, que estava internado em hospital particular. Já o Hospital das Clínicas de Botucatu não registra mortes de pacientes por Covid, de nenhuma das 68 cidades que atende, há 8 dias.
Segundo o governo de São Paulo, a análise é baseada nos dados das últimas sextas-feiras –6, 13, 20 e 27 de agosto e 3 de setembro.
Os dados de mortes por Covid-19 são registrados pelas 645 cidades paulistas no Sivep (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica) do Ministério da Saúde.
Para Hélio Bacha, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, os dados mostram que a vacina funciona e é um fator fundamental para o controle da pandemia.
“Mais do que isso, é o tempo que perdura essa imunidade, ou seja, quanto mais precoce for, terá um impacto maior. Isso não significa que se mantenha no tempo. Varia também, claro, conforme o comportamento social. Na medida em que as variantes não têm capacidade de vencer obstáculos, comportamento e vacina serão essenciais”, explica o infectologista.
Segundo Bacha, o número de casos graves de Covid-19no estado teve uma queda significativa. “O desafio é a volta. Na Europa, tivemos uma reativação de casos e mortes sem alcançar os picos que alcançamos aqui há três meses”, afirma.
“Há duas semanas, tivemos um final de semana com muita aglomeração na praia. Tenho visto que mantemos mais casos menos graves. No meu radar o número de internações está menor. Isso não significa que seja definitivo, por isso fico sempre com muito cuidado em dizer para as pessoas que acabou [a pandemia]”, completa.
Cidades como Araraquara (a 273 km de São Paulo), que por duas vezes decretou lockdown devido aos altos índices de contaminação, Campinas, Dracena e Ribeirão Preto –que já sofreram com surtos de Covid durante a pandemia– não estão na lista de municípios sem mortes na última semana.
Giovanna Sapienza, infectologista dos hospitais Santa Isabel e São Luís e do Centro de Prevenção Meniá, também aposta na vacinação contra a Covid-19, mas alerta que ainda é possível uma alta no número de casos por causa da variante delta.
Mesmo assim, ela considera improvável um aumento muito grande no número de internações e de mortes no estado.
Sapienza lembra, ainda, que o isolamento social também é muito importante no controle da pandemia, mas vê sentido na flexibilização num momento em que a vacinação está acelerada e os índices, em queda.
“O risco individual é prevenido quando se mantém as medidas de controle, como evitar locais aglomerados e fechados, usar máscara –principalmente a N 95– e álcool em gel. As pessoas com risco de óbito e de não responder à vacina deverão fazer um isolamento mais rigoroso, como os idosos e imunossuprimidos”, ressalta.
Segundo o site Vacina Já, do governo de São Paulo, até 13h12 deste sábado (4), 34.501.685 paulistas haviam recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19, 17.458.114 a segunda e 1.147.948 a dose única.
No total, o estado de São Paulo aplicou 53.107.747 doses –96,58% da população adulta com mais de 18 anos receberam pelo menos uma dose da vacina. Deste grupo, 52,34% estão com o esquema vacinal completo.
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