28 março, 2024

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Donald Trump justifica demissão de oficial que testemunhou contra ele

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu neste sábado sua decisão de demitir um oficial do exército que forneceu provas condenatórias contra ele durante a investigação do julgamento político.

O tenente-coronel Alexander Vindman foi escoltado na sexta-feira para fora da Casa Branca, onde trabalhou no Conselho de Segurança Nacional como especialista na Ucrânia.

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Seu advogado considerou a medida um ato de vingança pelo presidente, dois dias depois de ser absolvido pelo Senado.

Trump atacou Vindman em um tuíte postado neste sábado. “Notícias Falsas @CNN e MSDNC seguem falando sobre o ‘Tenente Coronel’ Vindman como si pensassem que fosse maravilhoso”, escreveu Trump, aparentemente referindo-se ao site noticioso MSNBC.

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“Na realidade, não o conheço, nunca falei com ele, nem o conheci (não acredito!) Mas foi muito insubordinado, informou incorretamente o conteúdo dos meus telefonemas ‘perfeitos'”.

“Em outras palavras, ‘FORA'”, acrescentou.

Vindman, que era diretor de Assuntos Europeus no Conselho de Segurança Nacional, esteve presente durante o famoso telefonema de 25 de julho, durante o qual Trump pediu ao presidente ucraniano Volodimir Zelenski para abrir uma investigação sobre seu rival político Joe Biden.

Os democratas da Câmara, que acusaram Trump de abuso de poder e obstrução do Congresso, argumentaram que o apelo fazia parte de um esforço conjunto para forçar um aliado estrangeiro enfraquecido após a guerra com a Rússia a ajudá-lo a jogar sujo nas eleições presidenciais americanas de novembro.

Citado pelo Congresso para testemunhar nas audiências de julgamento político da Câmara dos Deputados, Vindman, nascido na Ucrânia, que foi condecorado por sua participação na guerra no Iraque, disse que as ações de Trump eram “impróprias”.

Esse testemunho ajudou a construir o caso que levou Trump a se tornar o terceiro presidente acusado pelo Congresso.

“Campanha de intimidação”

O advogado de Vindman, David Pressman, disse que o militar foi “escoltado para fora da Casa Branca, onde serviu adequadamente seu país e seu presidente”.

“A verdade custou ao tenente-coronel Alexander Vindman seu trabalho, sua carreira e sua privacidade”, disse Pressman. “Ele serviu o país, mesmo se arriscando”.

“E por isso, o homem mais poderoso do mundo, impulsionado pelo silêncio, flexibilidade e cumplicidade, decidiu se vingar”, completou.

“Estão em conflito com o claro registro pessoal e a totalidade do registro político do qual o presidente é muito consciente”, disse o advogado em um comunicado a veículos americanos.

“Enquanto o homem mais poderoso do mundo continua sua campanha de intimidação, enquanto muitas autoridades políticos continuam em silêncio, o tenente-coronel Vindman continua seu serviço ao nosso país como membro condecorado e ativo do nosso exército”, acrescentou.

Na sexta-feira, Pressman havia dito que “a verdade custou ao tenente-coronel Alexander Vindman seu trabalho, sua carreira e sua privacidade”.

“Serviu ao país, mesmo quando fazê-lo esteve cheio de perigos”, disse, qualificando sua saída da Casa Branca como uma “vergonha”.

Na sexta-feira, Gordon Sondland, embaixador dos Estados Unidos na União Europeia e que também testemunhou contra Trump, disse ter sido informado da intenção do presidente de “retirá-lo imediatamente” de seu cargo, em comunicado obtido pelo The New York Times.

O senador democrata Jack Reed, membro de alto nível do Comitê das Forças Armadas do Senado, criticou neste sábado as “inseguranças pessoais e a vingança de Trump”.

“Ao demitir o tenente-coronel Vindman e o embaixador Sondland desta forma, a administração Trump indica que não tolerará as pessoas que dizem a verdade”, disse em um comunicado. “É um momento perigoso para nossa democracia”.

Fonte: Yahoo!

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