Dólar fecha em queda, no patamar de R$ 3,85

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (28), no patamar de R$ 3,85, acompanhando o cenário externo e em correção depois de ter subido mais de 2% no dia anterior, destaca a Reuters. Os investidores repercutem ainda a divulgação de pesquisa do Ibope de intenção de votos para as eleições de outubro.

A moeda norte-americana caiu 0,43%, vendida a R$ 3,8577. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 4,02, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Do cenário externo, o mercado repercute a notícia de que a economia norte-americana cresceu 2% no primeiro trimestre deste ano, em dado revisado para baixo da taxa de 2,2% divulgada no mês passado devido ao desempenho mais fraco dos gastos dos consumidores em quase cinco anos.

Os investidores seguem de olho em dados sobre a economia dos EUA porque o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, acompanha o ritmo de crescimento do país para decidir o rumo da taxa de juros, o que influencia o valor do dólar sobre outras moedas.

Internamente, pesquisa do Ibope, feita a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra o pré-candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro, liderando a corrida presidencial no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas tecnicamente empatado no limite da margem de erro com Marina Silva (Rede). O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) veio a seguir, à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Interferência do BC

O Banco Central, por enquanto, não anunciou novas intervenções no mercado cambial para esta sessão. Apenas realizou o último leilão de swaps para rolagem do vencimento de julho, que totalizava US$ 8,762 bilhões, com oferta de 8,03 mil contratos, vendidos integralmente, informou a Reuters.

Diante dos recentes leilões de novos contratos de swap cambial tradicional, muitos com vencimento em agosto, o volume a vencer totaliza US$ 14,023 bilhões, segundo dados do Banco Central.

Em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, repetiu que o BC continuará acompanhando os mercados, dando liquidez e usando diversos instrumentos, se necessário, e que não vê problemas em ir além com os estoques de swaps cambiais.

Fonte: Yahoo!