Anúncios
A Defesa Civil de Jaú (SP) informou neste sábado (25) que fará a demolição total do prédio que parte do muro da fachada desabou atingindo e matando um vendedor de doces de 49 anos. O acidente aconteceu na última sexta-feira (24).
O corpo de Paulo Sérgio Ananias foi enterrado na manhã deste sábado (25). De acordo com a Defesa Civil, o engenheiro responsável pela obra de reforma do prédio, que ainda não tinha permissão da prefeitura para ter começado, foi localizado e uma reunião já foi realizada para definir a demolição que esta prevista para começar nesta segunda-feira (27).
Anúncios
Após o desabamento, que também atingiu um caminhão que estava estacionado no local e uma caminhonete, a Rua Amaral Gurgel foi interditada.
Quatro imóveis vizinhos foram desocupados pela Defesa Civil e devem permanecer interditados até o fim da demolição.
Anúncios
Dois imóveis são residências e dois comerciais. As duas famílias que moram no local foram levadas para um hotel.
Retirada de viga
A Defesa Civil informou que verificou que foram retiradas vigas de sustentação, o que pode ter levado à queda do muro. “Tiraram as vigas do estruturamento. Vigas de sustentação do telhado e veio ficar mais frágil a parte do muro”, diz o coordenador da Defesa Civil, Jean Souza.
Em nota, a prefeitura informou que os proprietários do prédio haviam dado entrada em processo junto à Prefeitura solicitando autorização para reforma, que ainda não havia sido autorizada.
“Mesmo sem autorização da prefeitura, os proprietários deram início à reforma. A Prefeitura lamenta e se solidariza com a família da vítima. A Prefeitura dará sequência às medidas cabíveis relacionadas ao caso”, informou.
De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Márcio Almeida, “um fiscal esteve no local no dia 16 de setembro, fez notificação e pediu que apresentasse documentação da obra. Não tinha autorização da prefeitura e notificamos, pedimos que a obra fosse interrompida”, afirma.
Já a defesa da empresa afirma que a obra era realizada com autorização.
“Não temos essa notícia de embargo nenhum. A obra estava funcionando normalmente e se não estivesse, teria prosseguido. É um prédio antigo, que estava sendo trabalhado. Mas o que aconteceu realmente só com perícia e bastante análise que se vai poder, atestar e comprovar. Estamos tomando providências que é socorrer a família e dar toda assistência, e cuidar para que o locar seja liberado e famílias do entorno possam ter a tranquilidade restabelecida “, diz a advogada Daniela Rodrigueiro.
Fonte: G1 – Foto: Arquivo pessoal