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A quantidade de imigrantes em situação ilegal detidos na fronteira dos Estados Unidos com o México superou em fevereiro os 76 mil, o nível mensal mais alto em anos, indicou nesta terça-feira (5) o Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça americano (CBP).
O número de famílias e crianças desacompanhadas também aumentou para cerca de dois terços do total, com cruzamentos muitas vezes em grandes grupos e entregas imediatas às autoridades para solicitar refúgio, prejudicando a eficácia das táticas do governo de Donald Trump para frear o fluxo migratório.
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Um total de 76.103 pessoas foram detidas na fronteira ou após cruzá-la, um aumento considerável em relação à média de 61 mil nos três meses anteriores, e é surpreendente uma vez que geralmente há uma desaceleração no mês mais frio do ano.
A cifra também foi mais do que o dobro de fevereiro de 2018 e 3,2 vezes mais do que em fevereiro de 2017, o primeiro mês completo depois que o presidente Trump assumiu o cargo prometendo acabar com a imigração ilegal.
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“Atualmente estamos enfrentando uma crise humanitária e de segurança nacional ao longo de nossa fronteira sudoeste”, disse o comissário do CBP, Kevin McAleenan.
“Os grandes aumentos nas famílias e crianças que cruzam nossas fronteiras, em grupos maiores e em áreas mais remotas, representam um desafio único para nossas operações e instalações, e as de nossos parceiros”, acrescentou.
No final de janeiro, o governo Trump lançou uma nova política para enviar os solicitantes de refúgio – quase todas as pessoas que fogem da pobreza e da violência em Guatemala, Nicarágua e El Salvador – de volta ao México para que esperem ali enquanto seus casos são revisados, o que pode levar até dois anos.
Mas esse programa só começou a ser implementado em uma área da fronteira em Tijuana, no México, e ainda não foi estendido a outras.
Enquanto isso, mais de 70 grupos de mais de 100 migrantes cruzaram a fronteira no mês passado e se entregaram às autoridades. O aumento de fevereiro provavelmente incluiu muitos dos que se juntaram às caravanas da América Central.
Fonte: Yahoo!