23 de junho, 2025

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Correios confirmam fechamento de agências; Botucatu pode ser afetada pela decisão

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Mais antiga empresa em atividade no País – funda­da em 1623 -, e passando por uma das mais graves crises de gestão e receita, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos pre­para abrangente plano de reestruturação de aten­dimento e logística, o que pode ocasionar o fecha­mento de 513 agências e a demissão de 5300 funcio­nários em todo o Brasil.

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A informação foi divul­gada previamente no final de semana pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, que detalhou pontos de uma reunião secreta da cúpula da empresa estatal. A ata, tida como secreta, teve o teor divulgado pela publi­cação. A decisão foi apro­vada pela Diretoria e Con­selho de Administração da empresa no início do ano.

Somente em São Pau­lo, a medida atingirá 196 agências, sendo 90 na capital e 77 no interior. O documento da reunião não especificou quais uni­dades próprias da estatal serão encerradas, mas de­finiu alguns critérios, que vão desde a rentabilidade limite para a continuidade da agência e possíveis car­gos a serem extintos.

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Por meio de nota oficial, a empresa atribui a deci­são a um “redesenho da rede de atendimento” e que a medida visa a melho­ria dos serviços prestados à população. Sintetiza que, ao final de sua implanta­ção (não foi informado o cronograma da medida), os canais disponibiliza­dos “para o atendimento ao público será maior do que o número de agências existentes no país”.

No entanto, os Correios confirmam que unidades próprias serão encerra­das, mas salienta que não “há definição de quantas unidades terão suas ativi­dades encerradas, pois a empresa vem realizando estudos pormenorizados de readequação de sua rede, o que inclui não ape­nas a sua rede física de atendimento como tam­bém novos canais digitais e outras formas de autos­serviços”.

Tais estudos são, inclu­sive, acompanhados pelo Tribunal de Contas da União, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Ino­vações e Comunicações e pelo Ministério do Plane­jamento, Desenvolvimen­to e Gestão.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o ex­-presidente dos Correios, Guilherme Campos, res­saltou que serão fechadas as agências próprias que ficam próximas de outras operadas por agentes privados. O documento obtido pelo jornal detalha o plano de recuperação financeiro e dispõe que, para o primeiro semes­tre deste ano, serão 275 agências cuja estimativa de economia se aproxime de R$ 68 milhões.

As atividades serão en­cerradas, segundo a ata da reunião, por causa de baixa obtenção de receita (R$ 300 mil por ano), me­nor proximidade geográfi­ca (distâncias que vão de 1 a 4 quilômetros de outras unidades franqueadas ou mesmo próprias).

Como a medida ainda não é detalhada pelos Correios, o Sindecteb (Sin­dicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Bauru, Ara­çatuba, Botucatu, Presi­dente Prudente e Região), demonstra preocupação com a iminência da rees­truturação. A motivação é quanto a possibilidade de encerramento das 77 uni­dades próprias no interior paulista.

Segundo informações do site oficial da empre­sa, a diretoria regional dos Correios no interior paulista concentrava, em 2016, 12.920 emprega­dos, representando 11% do total de efetivos de seu quadro funcional.

Botucatu

Pelo site dos Correios, Botucatu possui sete agências, sendo duas franqueadas (na Vila dos Lavradores e na Rua Amando de Barros); duas comunitárias (nos Distri­tos de Vitoriana e César Neto); e as agências na Avenida Floriano Peixoto, no Conjunto Habitacional Humberto Popolo (Cohab 1) e no Distrito de Rubião Júnior.

Vinícius de Oliveira, di­retor do Sindecteb, res­salta que, caso a medida seja oficialmente adota­da, o impacto em Botu­catu poderia ocasionar a demissão dos funcioná­rios que têm a função de atendimento comercial. Segundo o sindicato, o município possui 71 em­pregados com vínculo por meio de concurso público, sendo 61 exercendo as funções de carteiro e ope­racionais.

O diretor ressalta que a situação em Botucatu ain­da  é considerada indefini­da (pela distância entre as agências), mas o sindicato observa com certa “des­confiança”, já que o plano foi tratado às portas fe­chadas.

Um ofício foi encami­nhado esta semana à Dire­toria Estadual pedindo ex­plicações e detalhamento do plano de ação. “Essa informação foi vazada pela imprensa e ainda não sabemos os detalhes de como isso funcionará. O ofício foi enviado para que nos fosse passado as agências e critérios para esse fechamento”, salien­tou.

Oliveira ressalta que desde o ‘vazamento’ das informações, represen­tantes sindicais têm se reunido diariamente para obter detalhes e traçar planos de ações. Não é descartada paralisação nas cidades que porven­tura venha a ser confir­mado o fechamento das agências.

Fonte: Jornal Leia Notícias Por Flávio Fogueral

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