05 de outubro, 2024

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Coreia do Norte mostra pela primeira vez instalações de enriquecimento de urânio

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A imprensa oficial da Coreia do Norte publicou nesta sexta-feira (13) pela primeira vez imagens de uma usina de enriquecimento de urânio durante uma visita às instalações nucleares do líder Kim Jong-un. Segundo a Agência France-Presse (AFP), essas usinas produzem o urânio enriquecido necessário para armamento nuclear.

Kim visitou o Instituto de Armas Nucleares e a “base de produção de materiais nucleares para armamento”, segundo informou a agência de notícias estatal KCNA, sem fornecer detalhes sobre o local exato ou a data do evento.

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Coreia do Norte mostra pela primeira vez instalações de enriquecimento de urânio (Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service)

Durante a inspeção, o líder da Coreia do Norte “se familiarizou com a produção de ogivas e materiais nucleares”, relatou a KCNA, que publicou imagens dele ao lado de centrífugas de urânio.

De acordo com o relatório da KCNA, a planta “produz de forma dinâmica materiais nucleares por meio do estudo, desenvolvimento e introdução de todos os elementos do sistema”.

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Kim incentivou os responsáveis pela instalação a “avançarem na introdução de um novo tipo de centrífuga (…) para reforçar as bases de produção de materiais nucleares para armas”.

Kim visitou o Instituto de Armas Nucleares e a “base de produção de materiais nucleares para armamento” (Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service)

Ele também ressaltou “a necessidade de estabelecer um objetivo mais elevado a longo prazo na produção de materiais nucleares”.

O programa nuclear da Coreia do Norte, prioridade para a dinastia Kim, que domina o país há décadas, está proibido pelas sanções das Nações Unidas.

No entanto, ele tem conseguido contornar essas restrições, em parte graças ao apoio de aliados como Rússia e China, realizando até hoje seis testes nucleares. O primeiro teste do país aconteceu em 2006.

Alguns especialistas apontam que a publicação repentina dessas imagens pode estar relacionada às eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.

É “uma mensagem para a próxima administração de que é impossível desnuclearizar a Coreia do Norte”, opinou Hong Min, analista do Instituto para a Unificação Nacional da Coreia. No entanto, é pouco provável que essas revelações sejam acompanhadas por um novo teste nuclear em breve, informou a agência.

Fonte: G1

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