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Mais de 20 pessoas ficaram feridas e 18 foram detidas neste domingo (17) em confrontos dentro da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, em Israel. Forças de segurança do país e manifestantes palestinos voltaram a se enfrentar. A polícia entrou no local, o terceiro mais sagrado para o Islã, sob a alegação de que homens carregavam pedras para jogar contra judeus que entrassem na esplanada.
A Esplanada das Mesquitas é também considerada o local mais sagrado para os judeus, que chamam o lugar de Monte dos Templos. A população judaica pode entrar na esplanada em horários específicos, mas é proibida de rezar ali.
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O local, que fica na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, uma área palestina ocupada por Israel desde 1967, foi também palco de confrontos violentos na sexta-feira (15), que terminaram com 152 feridos. Os confrontos ocorrem em um momento de escalada de conflitos no Oriente Médio.
“Al-Aqsa (nome dado também em árabe à Esplanada das Mesquitas) é nossa, apenas nossa, e os judeus não têm absolutamente nenhum direito sobre este lugar”, declarou em nota o chefe do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh.
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Também em comunicado, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, afirmou que “as forças de segurança têm carta branca para (…) garantir a segurança dos cidadãos israelenses”.
Turquia condena “intervenção”
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o governo de Israel pelo que chamou de “intervenção e provocação inaceitável a fieis” na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. A declaração eleva as tensões entre Ancara e Tel Aviv, que nas últimas semanas vinham tecendo diálogos para melhorar a relação dos dois países.
“A Turquia sempre apoiará a Palestina”, afirmou Erdogan.
Escalada de conflitos
Os conflitos entre judeus e palestinos em Israel na região da Cisjordânia se intensificaram nas últimas semanas. Desde janeiro, a polícia israelense matou pelo menos 25 pessoas, e atiradores palestinos deixaram 14 israelenses mortos em ataques.
O governo de Israel alega estar respondendo ao crescimento de ataques pontuais de palestinos. Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, liberou restrições às forças de segurança que lutam contra o que ele classificou como “uma nova onda de terrorismo”. Com isso, policiais começaram a ter mais poder de repressão em ações chamadas de “contraterrorismo”.
Na última delas, forças israelenses mataram dois palestinos na quinta-feira (14) em operações na Cisjordânia. O Exército israelense alegou que soldados responderam a ataques de dezenas de pessoas durante “atividades de contraterrorismo”.
Este ano, as tensões aumentaram também na Esplanada das Mesquitas porque a Páscoa cristã coincidiu com as celebrações judaicas de Pessach e o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.
Fonte: Yahoo!