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A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.
Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil pessoas (a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.
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Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região, para ajudar a dimensionar os danos.
O tsunami “foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas”, diz Katie Greenwood, integrante da IFRC em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.
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“Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas ondas e inundações resultantes da erupção.”
A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro. Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de distância dali.
Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à “superfície da Lua”, coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram importantes para prevenir a inalação dessas partículas.
A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água – portanto, água potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga, causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram nas ilhas menores – algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que algumas ficaram completamente inundadas.
As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia espera enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).
Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o bem-estar deles.
Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai, que durou vários dias até atingir seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.
Fonte: BBC