24 abril, 2024
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O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação da morte do menino Henry Borel, decidiu abrir um outro inquérito para investigar o crime de falso testemunho que teria sido cometido pela babá da criança, Thayná de Oliveira Ferreira.
As investigações comprovaram que a babá não relatou aos policiais tudo o que sabia.
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“Existe sim um outro inquérito já instaurado sobre o crime de falso testemunho. Mas no próprio depoimento ela demonstrou que tinha receio por sua integridade física. Possui vários familiares ligados ao investigado e à família”, disse o delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca).
A investigação teve acesso a novas mensagens do celular de Thayná.
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No dia 2 de fevereiro, quase um mês antes da morte do menino, em 8 de março, Thayná conversa com o namorado sobre a criança. Na troca de mensagens, ela diz que preferia ouvir Henry chorando, do que não ouvir nada.
“Chorando sei que tá vivo, pelo menos”.
Na conversa, ela relatou ainda estar desnorteada e que não sabe o que é pior: se é o menino chorando ou em silêncio dentro do quarto com Jairinho.
“Sabe naquele dia? Dez vezes pior”.
Em outra conversa, dessa vez no dia 12 de fevereiro, Thayná relata ao próprio pai que está escondida no carro com o menino e fala de Jairinho. A conversa acontece depois que a mãe do menino chega do salão.
“Tô escondida no carro com o menino, Monique lá em cima. O menino me agarrou demais, me enforcou, rasgou minha blusa, quando viu o outro”.
Depois ela conta que Jairinho deu R$ 100 para ela ficar quieta. A babá ainda recebe o recado de Monique que Jairinho vai querer ver o telefone celular dela.
Na conversa, Thayná chama Jairinho de “doido” e conta que o menino está agarrado ao seu pescoço chorando descontrolado, o que chamou a sua atenção. Ela ainda disse estar “sem saída” quando Jairinho entrou com Henry para o quarto.
Em um outro diálogo com o pai, a babá relata agressões de Jairinho a Monique:
“Ele bateu nela, enforcou. Aí ela disse que ele vai sair de casa, mas que vai continuar pagando as coisas dela”.
De acordo com a polícia há provas de que Monique Medeiros coagiu a testemunha, pedindo para a babá mentir e apagar mensagens.
Fonte: G1
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