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A Cepal propôs nesta terça-feira a entrega de uma renda mensal básica de emergência de 143 dólares por seis meses a 215 milhões de latino-americanos pobres, os mais afetados pela pandemia de coronavírus.
A disseminação do vírus levará ao colapso das economias regionais este ano, com uma queda média do PIB de 5,3%, o que trará 28,7 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, estima a agência.
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Nesse contexto, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Eclac) – uma agência técnica das Nações Unidas, com sede em Santiago – propôs a entrega imediata de uma renda básica de emergência (IBE), com a perspectiva de permanecer em o tempo de acordo com a situação de cada país.
“Isso é especialmente relevante, pois a superação da pandemia levará tempo e as sociedades deverão coexistir com o coronavírus, o que dificultará o renascimento econômico e produtivo”, disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL, em uma coletiva de imprensa virtual.
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Essa renda de emergência (IBE) é equivalente ao custo per capita para adquirir uma cesta básica e outras necessidades essenciais para a população que vive na pobreza em 2020, ou seja, 215 milhões de pessoas ou 34,7% da população regional.
A medida implicaria em uma despesa adicional de 2,1% do PIB regional para cobrir todas as pessoas que estarão na pobreza este ano. Segundo o relatório, os grupos especialmente vulneráveis à crise socioeconômica derivada da pandemia são mulheres e pessoas de estratos de baixa e média-baixa renda.
Segundo a agência, os maiores aumentos na pobreza extrema ocorrerão no México, Nicarágua e Equador, enquanto a pobreza em geral aumentará especialmente na Argentina, México, Equador e Brasil.
Na América Latina, o novo coronavírus causou mais de 20.000 mortes, mais da metade delas no Brasil.
O México registrou 3.353 mortes, seguidas pelo Equador, com 2.127.
A pandemia de Covid-19 causou 280.000 mortes em todo o mundo e se espalhou para mais de 4 milhões de pessoas, de acordo com uma contagem diária da AFP.
Fonte: Yahoo!