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O Antonov AN-124 Ruslan – imenso avião cargueiro que foi notícia no Brasil ao pousar em Viracopos, Campinas, São Paulo, no dia 16 de outubro deste ano e ficar cerca de 48 por aqui – sofreu um acidente nesta sexta-feira (13.11).
De acordo com o Aeroin, a aeronave enfrentou problemas gravíssimos em voo, que culminaram em uma derrapagem de pista, a chamada “runway excursion”, durante seu pouso de emergência e gerou importantes danos ao cargueiro peso-pesado.
Em report do The Aviation Herald, quando o acidente aconteceu, o avião estava realizando o voo de posicionamento VI-4066 de Novosibirsk (Rússia) para Viena (Áustria) e tinha 14 pessoas a bordo. Elas levavam uma carga da Coreia do Sul para a Áustria com escala na Rússia.
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O Ruslan levantou voo em torno das 12h08 do horário local e já na subida inicial, quando alcançou cerca de 1800 pés de altitude, teve falha de motor e perdeu o sinal do transponder e a comunicação de rádio.
Um dos maiores aviões do mundo [por um longo período foi considerado o maior], resultado de um projeto soviético, o Ruslan precisou retornar para uma tentativa de pouso na mesma pista no Aeroporto Internacional Tolmachevo, na Rússia, mas passou direto e parou a cerca de 300 metros do fim dela.
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Ainda que grande parte do motor tenha caído no telhado de um armazém perto do aeroporto (veja nas fotos), nenhuma vítima foi registrada em solo ou na aeronave.
De acordo com testemunhas, havia fumaça saindo de um de seus motores a jato durante o pouso. Outras também relatam fumaça nos motores nº 3 e 4 (ambos do lado direito) na hora da partida.
Após o pouso, foi possível verificar que o Antonov teve danos em boa parte de seu motor nº 2 (interno esquerdo), na asa e na fuselagem. Imagens do avião após o acidente também mostram restos de pássaros nos motores nº 3 e 4, o que pode ter relação com a fumaça emitida, embora não seja certo ainda.
O Ministério Público dos Transportes da Sibéria Ocidental abriu uma investigação sobre o acidente.
Em definição do Aeroin, “essa versão [do avião] pode levar até 150 toneladas de carga distribuída pelos 1040 metros cúbicos de sua fuselagem, contra 120 toneladas da versão original, segundo dados da Antonov. […] Além da incrível capacidade total, a versão modernizada é capaz de transportar 120 toneladas concentradas em uma única peça, permitindo-a carregar cargas que, apesar de caberem dentro de outros modelos aviões cargueiros, não seriam suportadas pelo alto peso concentrado na estrutura dos jatos.”
Fonte: Vogue