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Apolo, um cão labrador de 7 anos, morreu após ser intoxicado por ‘chumbinho’ em Guarujá, no litoral de São Paulo. Antes do episódio, ele e outro cachorro da família já haviam sido envenenados pela substância. Um vizinho é o principal suspeito. Câmeras de segurança registraram as situações, e a família entrou na Justiça para que providências sejam tomadas.
“Queremos justiça. Ele tem que pagar pelo que ele fez”, desabafa o pai da família.
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O engenheiro de 38 anos, que prefere não ser identificado, é pai de duas crianças, uma de 11 e outra de 14 anos, que possui autismo. A família mora em uma casa sobreposta no bairro Paecará, em Guarujá. O pai diz que o filho mais velho era muito ligado ao Apolo, e que ele auxiliava em seu desenvolvimento. “Quando ele morreu, meu filho ficava perguntando onde o animal estava, e para onde ele tinha ido. Ele sente muita falta”, lamenta.
Segundo o engenheiro, o suspeito de ter envenenado o labrador é o vizinho que mora no andar térreo do imóvel. Antes de Apolo vir à óbito, no dia 20 de agosto, em julho, ele também foi intoxicado. Na primeira ocasião, porém, ele levou o cachorro ao veterinário e conseguiu mantê-lo vivo. A médica constatou que o animal havia sido envenenado por ‘chumbinho’, um composto tóxico.
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Ainda conforme o engenheiro, imagens de câmeras de segurança mostram com nitidez que, no dia 19 de julho, um homem que entrou na residência vizinha jogou um objeto por cima do muro que divide as moradias. A família alega que, pouco tempo depois, os dois cachorros da casa, Apolo e Flecha, começaram a demonstrar sinais de intoxicação.
No dia 20 de agosto, segundo o engenheiro, imagens de câmeras de segurança mostram o mesmo homem dando o veneno conhecido como ‘chumbinho’ aos animais da casa. Dessa vez, o suspeito foi para a frente da residência e deu um pedaço de carne envenenado pela fresta entre o muro que divide as moradias e o portão da garagem. Apolo não resistiu. O atentado ocorreu enquanto o engenheiro trabalhava, quando retornou, viu o cão morto já enrijecido.
“Foi uma sensação de desespero misturado com medo, de algo a mais ter acontecido com os meus filhos, que estavam em casa”, lembra.
Ainda de acordo com o pai, quem ocupa o andar térreo da sobreposta são dois homens de outro estado, que mudaram para Guarujá há quatro meses, a trabalho. O engenheiro esclarece que, nesse meio tempo, ninguém reclamou de Apolo ou de Flecha. Além disso, ele comenta que a comunicação entre os vizinhos nunca foi muito intensa. “Eles mal me dão bom dia”, complementa.
O pai ainda pontua que, desde o primeiro incidente, a rotina na casa mudou. “A gente não imagina que alguém fisicamente tão próximo vá fazer algo tão ruim assim. Se ele foi capaz de fazer isso com um ser indefeso, me assusta imaginar o que ele poderia fazer com seres humanos”, desabafa.
O caso foi registrado pelo engenheiro no 2º Distrito Policial de Guarujá.
Secretaria de Segurança Pública
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, para saber do andamento das investigações, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Fonte: G1