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O cachorro é o melhor amigo dos humanos e, no caso desta cachorra, a fidelidade não se limita apenas à nossa espécie. Ela se deparou com filhotes de gambá órfãos e não pensou duas vezes: abrigou-os, acasalou-os e cuidou da segurança. Pretinha é a orgulhosa mãe adotiva de uma ninhada de gambás.
A atitude de Pretinha é mais um exemplo de como os animais são capazes de solidariedade e altruísmo. A cachorra sempre demonstrou afeição extrema pelos humanos, mas deu provas de que o amor pode ser necessário também em outras relações.
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Esta história ocorreu no Rio de Janeiro. Um cachorro das redondezas atacou e matou um gambá fêmea, que estava com filhotes. Na espécie, as crias em fase de amamentação permanecem agarradas aos pelos da mãe.
O ataque foi violento. A mãe gambá e um dos filhotes não resistiram às investidas do cachorro. O restante da ninhada, porém, teve a sorte de cruzar o caminho de uma adestradora de cães. Stephanie Maldonado encontrou os bebês assustados, perdidos e com muita fome.
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A adestradora recolheu os gambazinhos e os levou para casa. Stephanie entrou em contato com o CETA – Centro de Triagem de Animais Silvestres. A ideia inicial era entregar os filhotes e obter orientações sobre o que fazer enquanto esperava o resgate.
O CETA, no entanto, informou que não dispunha de espaço para acolher os gambás. Stephanie decidiu cuidar dos bichinhos até que eles crescessem e estivessem em condições de ser soltos na natureza. Mas a adestradora não contava com uma ajuda que se mostrou providencial.
Ao chegar em casa, Stephanie mostrou os filhotes para Pretinha, uma cadela sem raça definida com quem a adestradora divide o lar. A cadela rapidamente se tornou a maior aliada nos cuidados com os gambás: ela lambe os filhotes para mantê-los limpos, cuida de deixá-los aquecidos e vigia os menores movimentos dos gambazinhos.
Pretinha só não conseguiu amamentar os filhotes. Apesar de aconchegá-los junto ao corpo, na posição de amamentar, a cadela já era castrada na época da “adoção” – ela não tinha condições, portanto, de produzir leite materno.
Os filhotes receberam uma forma especial, preparada por veterinários, para garantir o desenvolvimento adequado. Eles foram alimentados a conta-gotas por Stephanie, sempre sob o olhar atento de Pretinha.
Pretinha cuidou dos sete filhotes sobreviventes com amor e zelo inconfundíveis. Ela até mesmo passou a carregar os gambazinhos nas costas, como faria a mãe gambá na natureza. A dedicação da cachorra é uma mostra efetiva do amor mais puro.
Finalmente, quando começaram a mastigar frutas e grãos, os gambás foram preparados para o retorno à natureza. Stephanie e Pretinha acompanharam algumas tentativas, até que os sete animais finalmente entraram na mata.
Estes gambás recém-nascidos receberam uma segunda chance improvável, através de Stephanie e principalmente de Pretinha. As cenas “maternais” ocuparam durante algumas semanas as páginas da adestradora nas redes sociais e geraram milhares de curtidas e compartilhamentos.
Fonte: Cães Online