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Seria simples resumir a vitória brasileira contra a China à ótima atuação nesta sexta-feira. Mas seria injusto. Em um caminho tão longo, a evolução foi demorada, mas nítida. Diante de um de seus maiores rivais, o Brasil ignorou qualquer dificuldade. Mesmo com o ginásio lotado, com a torcida toda contra em Nanquim, a seleção de José Roberto Guimarães foi soberana do início ao fim. Garantida nas semifinais da Liga das Nações, venceu por 3 sets a 0, parciais 25/20, 25/22 e 25/22.
A seleção, agora, encara a Turquia, segunda colocada no grupo B, às 4h de sábado, horário de Brasília. Depois, China e Estados Unidos se enfrentam, às 8h45.
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Mais cedo, os Estados Unidos arrasaram a Sérvia, maior decepção das finais até aqui, e garantiram o lugar na semifinal da competição. Favoritas, as americanas bateram as rivais em 3 sets a 0, parciais 29/27, 25/22 e 25/19. A Turquia, que folgou nesta sexta-feira, festejou a classificação à semi, enquanto Stefana Veljkovic lamentou, irritada, a eliminação.
– Não estou nada feliz. Fomos muito mal. Na verdade, não estávamos preparadas para essa competição. Terminamos nossos campeonatos nos clubes pouco antes da Liga, estamos cansadas. Sei que é para todo mundo. Não somos máquinas – disse a jogadora.
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Vitória com autoridade
Ao fechar a porta para o ataque de Yuan, o Brasil abriu a contagem. O caminho, porém, era longo. Com a torcida toda a favor, a China entrou em quadra empolgada. Com um sistema defensivo eficiente, a seleção até conseguiu segurar por um momento. Mas, na bola fora de Tandara, as donas da casa chegaram à primeira parada técnica em vantagem, com 8/5 no placar. O Brasil não demorou a se recuperar. Empatou com Gabi, passou à frente com Tandara. Gabi voltou a aparecer bem e explorou o bloqueio para abrir 10/8. Lang Ping, então, pediu tempo.
O Brasil, porém, seguiu bem. A vantagem logo subiu para cinco pontos (14/9), e a técnica chinesa parou a partida mais uma vez. Mais um pouco e, pronto, o placar chegou a 17/9. Nem mesmo Ting Zhu, com apenas um ponto até ali, conseguia aparecer. Quando a China ameaçou o início de uma reação, Zé Roberto pediu tempo. As donas da casa até melhoraram, mas Gabi, mais uma vez em grande noite, fechou o set: 25/20.
Tandara, em uma pancada, abriu a conta no segundo set. A China quis reagir. Ao contrário da parcial anterior, o Brasil não conseguiu disparar. As chinesas se mantiveram na cola e passaram à frente pela primeira vez com um bloqueio duplo sobre Tandara. Logo, porém, a seleção de Zé Roberto conseguiu retomar a ponta. No segundo tempo técnico, depois de bloqueio de Bia, abriu dois pontos (16/14).
As chinesas tentaram buscar, mas viram Gabi se impor. Quando o placar marcou 19/16, Lang Ping parou pela primeira vez o set. O time da casa tentou seguir o impulso da torcida para reagir. A técnica chinesa parou o jogo mais uma vez pouco depois e sua equipe, enfim, encostou. Foi a vez de Zé Roberto tentar acalmar o jogo e impedir que o set escapasse. Conseguiu. Em um erro de rotação do lado chinês, fim de papo: 25/22.
A China tentou até o fim reagir. No terceiro set, buscou ao máximo se impor. O Brasil, porém, tinha o domínio total da partida. Apesar de toda a torcida contra, abriu 15/11. As brasileiras se mantiveram com boa vantagem até a parte final da parcial, quando as chinesas, na passagem de Zhu pelo saque, encostaram e jogaram a diferença para um ponto. Com 23/22 no placar, Zé Roberto pediu tempo. E surtiu efeito. Tandara marcou e depois, no match point, Amanda sacou bem, a bola voltou de graça, e Gabi fechou o jogo.: 25/22.
Fonte: G1