15 de novembro, 2024

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Brasil melhora posição em ranking mundial de liberdade de imprensa

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A liberdade de imprensa no Brasil melhorou em 2023, e o país escalou dez posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, revelou o relatório anual de liberdade de imprensa no mundo da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado nesta sexta-feira (3).

O Brasil subiu da 92ª posição em 2022 para o 82º lugar em 2023, em um ranking de 180 países.

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    “O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva traz de volta uma normalização das relações entre as organizações estatais e a imprensa, após o mandato de Jair Bolsonaro marcado por uma hostilidade permanente ao jornalismo”, disse o relatório.

    Em 2021, o Brasil atingiu seu pior índice: ficou na 111ª posição e entrou na chamada zona vermelha do ranking, a segunda pior do ranking. Com a escalada deste ano, o país se situou na zona laranja clara, a terceira melhor.

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    Mapa com cores de acordo com a situação de liberdade de imprensa em cada país, segundo ranking elaborado pela ONG Repórter Sem Fronteira (Foto: Divulgação/ RSF)

    O RSF também apontou problemas no quadro interno do Brasil, o que justifica que o país se situe quase na metade do ranking.

    O estudo diz que ” a violência estrutural contra jornalistas, um cenário midiático marcado pela alta concentração privada e o peso da desinformação existentes no Brasil representam desafios significativos para o avanço da liberdade de imprensa no país“.

    No plano global, o relatório apontou uma forte piora das relações entre política e imprensa em 2023, puxada pelas guerras atualmente em curso — a da Ucrânia e a de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

    “Um número crescente de governos e autoridades políticas não cumpre o seu papel de garantidores de um arcabouço exemplar para o exercício do jornalismo e do direito do público à informação confiável, independente e plural”, disse o relatório.

    No mundo

    Noruega liderou o ranking novamente, seguido pela Dinamarca e pela Suécia.

    E, apesar de os países do topo se manterem mais ou menos nas mesmas posições, o relatório destacou a situação da Irlanda, que despencou do 2º lugar em 2022 para o 8º em 2023, por conta de perseguições pontuais a jornalistas e a incerteza sobre o futuro da emissora pública RTE.

    Afeganistão, Síria e Eritreia são os últimos da lista.

    O relatório também destacou que cem repórteres palestinos foram mortos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, pelo menos 22 deles enquanto exerciam a profissão, de acordo com a RSF.

    Veja, abaixo, o ranking com os 20 melhores e os 20 piores países para a liberdade de imprensa, segundo o estudo da RSF:

    20 melhores

    1. Noruega
    2. Dinamarca
    3. Suécia
    4. Países Baixos
    5. Finlândia
    6. Estônia
    7. Portugal
    8. Irlanda
    9. Suíça
    10. Alemanha
    11. Luxemburgo
    12. Letônia
    13. Lituânia
    14. Canadá
    15. Liechtenstein
    16. Bélgica
    17. República Tcheca
    18. Islândia
    19. Nova Zelândia
    20. Timor Leste

    20 piores

    160. Emirados Árabes Unidos
    161. Djibuti
    162. Rússia
    163. Nicarágua
    164. Azerbaijão
    165. Bangladesh
    166. Arábia Saudita
    167. Bielorrúsisia
    168. Cuba
    169. Iraque
    170. Egito
    171. Birmânia
    172. China
    173. Bahrein
    174. Vietnã
    175. Turcomenistão
    176. Irã
    177. Coreia do Norte
    178. Afeganistão
    179. Síria
    180. Eritreia

    Fonte: G1

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