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Botucatu é uma cidade que pode se orgulhar por produzir bons jogadores de futebol, mas há muitos anos um botucatuense não conseguia destaque como profissional nos gramados.
Os últimos haviam sido: Zé Maria, lateral do Corinthians, na década de 70, João Marcos, goleiro do Palmeiras, na década de 80, e Gegê, que também atuou pelo Palmeiras, na década de 80.
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Agora, surge um novo nome do futebol botucatuense. Clayson Henrique da Silva Vieira. Com 21 anos, ele veste a camisa 11 da Ponte Preta, no Campeonato Brasileiro. No seu currículo, um título de Campeão Paulista pelo Ituano, em 2014.
Do início no fustal, com 7 anos, na Associação Atlética Botucatuense, e no time do Paraná, até ser o melhor em campo na última partida da Ponte pelo Brasileiro, no dia 28 de setembro, contra o Corinthians, com direito a um golaço dele, Clayson contou sua história, que ainda está apenas no começo, ao Jornal Leia Notícias, falou do seu carinho por Botucatu e deixou um recado.
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LEIA NOTÍCIAS – Como você começou no futebol, em Botucatu? Como foi até chegar no futebol profissional?
CLAYSON – Eu comecei jogando pela AAB futsal com 7 anos, onde joguei até os 15. Nesse mesmo período também jogava futebol de campo com o Paraná. Foi muito difícil até chegar no profissional. Passei por muitas dificuldades, nunca tive um apoio para poder sair da cidade e fazer um teste em outros times. Era só meu pai e eu, para cima e para baixo, mas ele sempre se esforçava para arrumar alguma coisa para mim fora da cidade. Foi então que conhecemos o Marcio Pinson, o Alemão. Foi ele quem começou a nos ajudar e depois fez contato com o Edvaldo Ferraz, que hoje é o meu empresário. Aí, com 16 anos, me levaram para o União São João, de Araras. Fiquei lá por um ano e fui transferido para o Grêmio, de Porto Alegre. Também fiquei um ano no Grêmio, assim como no União, jogando pela categoria de base, no sub-17. Em 2013 cheguei ao Ituano, onde fiquei por quase dois anos e meio, depois fui contratado pela Ponte Preta, na metade de 2015 e tenho contrato até 2021.
LN – Há muitos anos Botucatu não tinha um representante atuando na Série A do Campeonato Brasileiro. Como você tem recebido o carinho e o apoio da população botucatuense?
CLAYSON – Eu me sinto muito feliz por ter alcançado meu objetivo de chegar até aqui, na Série A do Campeonato Brasileiro e, é claro, por estar realizando um sonho de criança, que meu pai e eu sempre batalhamos para conseguir. O carinho da população de Botucatu é muito gostoso. Sempre que estou na Cidade as pessoas que me conhecem me dão os parabéns, me desejam sorte, e eu fico muito feliz com isso. Mas ainda são poucas as pessoas que conhecem o Clayson jogador na Cidade. Na verdade são mais aquelas pessoas que me viram crescer e ainda temos contato, mas é sempre uma energia positiva.
LN – Qual é a sua relação com Botucatu? Você continua vindo a Cidade? Mantém contatos aqui?
CLAYSON – Minha relação com Botucatu é muito boa, tenho minha família que mora aí e tenho muitos amigos em diversos bairros da cidade. Sempre que posso estou por aí, pra rever todo mundo e voltar renovado.
LN – Você tem sido um dos destaques na Ponte Preta e já existem especulações para transferências para outros clubes? Qual é o seu objetivo dentro do futebol?
CLAYSON – Eu fico feliz pelo momento em que estou vivendo com a camisa desse grande clube que é a Ponte Preta. Não só o meu momento, mas o momento do clube é muito bom. Essas coisas de especulações e proposta eu deixo para meus empresários resolverem. Meu foco é só jogar bola, com cabeça somente na Ponte Preta, que é o clube que defendo. Tenho ainda muitos objetivos no futebol. Sonho em ganhar títulos, atuar por um grande clube da Europa e, é claro, a Seleção Brasileira. Acho que esses são os principais deles.
LN – Deixe um recado para Botucatu.
CLAYSON – Quero deixar um beijo e um abraço para toda a população de Botucatu, em especial aos meus familiares e amigos. Quero agradecer pelo carinho e pela torcida de todos aqueles que conseguem acompanhar o meu futebol. Quero aproveitar para agradecer ao Leia Notícias, por divulgar o meu trabalho, com o carinho e a competência de sempre. Eu espero que um dia Botucatu dê mais atenção para as crianças, que assim como eu um dia, sonharam e sonham em se tornar um jogador de futebol. Que as pessoas possam apoiar mais, ajudar mais e acreditar mais, pois um sonho pode sim vir a se tornar realidade, assim como aconteceu comigo.
Jornal Leia Notícias