02 de junho, 2024

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Botucatu: Prefeitura interdita acesso ao Véu da Noiva para início das obras da represa do Rio Pardo

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Com a autorização do início das obras da futura barragem do Rio Pardo, a Prefeitura de Botucatu, em conjunto com Sabesp e empresas diversas iniciaram a preparação do espaço que abrigará os depósitos de materiais de construção e que integrará parte do projeto da represa. Por isso, o acesso ao complexo turístico Véu da Noiva encontra-se interditado desde sexta-feira, 19 de dezembro.

Turistas que foram à cachoeira do Véu da Noiva encontraram portões fechados e algumas das estruturas, como a antiga lanchonete do local já desmontada. No complexo há a disposição dos visitantes, além da própria cascata, opções como quiosques para churrascos, banheiros e toboágua. O local é um dos roteiros mais procurados em épocas de calor.

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É justamente naquela região que será construída a futura barragem, cuja obra está sob responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e terá investimento de R$ 53,5 milhões. Autorização para o início dos trabalhos foi assinada em 21 de novembro e a previsão é que as primeiras estruturas estejam concluídas até o primeiro semestre de 2022.

Por meio de nota, a Prefeitura Municipal confirma a interdição, atribuindo a decisão (tomada em conjunto com Sabesp e empresas responsáveis pelas obras) a questões de segurança. “Como forma de evitar acidentes e garantir a segurança dos profissionais que atuam na construção da Represa do Rio Pardo, a Sabesp, Prefeitura e empresas do Consórcio responsável pelas obras fecharão nas próximas horas o acesso da Cachoeira Véu de Noiva, após parecer da Defesa Civil do Município”, frisou o documento enviado ao Notícias.

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“Com o início do destocamento de árvores e movimentação de maquinários nas  proximidades, o banho na cachoeira torna-se perigoso. A Prefeitura pede a compreensão de turistas e banhistas para que não invadam o local ou ultrapassem os limites de segurança”, complementa a nota oficial.

A futura represa do Rio Pardo, que receberá o nome do ex-prefeito Plínio Paganini ocupará uma área de 150 hectares e tem por finalidade armazenar água para atendimento das demandas de abastecimento público. A barragem terá a função de regularizar a vazão de água bruta do Rio Pardo à sua jusante a um patamar de 800 litros por segundo, sendo que a necessidade de consumo da população atual de Botucatu é de 520 l/s. Após o término da construção da barragem, haverá ainda as etapas de enchimento do reservatório, plantio compensatório de 160 mil mudas de árvores nativas e manutenção. Com isso, a Barragem do Rio Pardo deve entrar em operação até o final de 2023.

Imbróglio e desapropriação 

Havia inclusive um imbróglio recente entre Prefeitura e a antiga permissionária de uso, Maria de Lourdes Silva Batista, sobre a desocupação da casa onde residia com a família (composta por oito pessoas entre marido, filhos e netos) e a lanchonete, que ficavam na área do complexo do Véu da Noiva. A permissionária declarou ao Notícias que foi sumariamente desalojada do local, sem tempo hábil para procurar um novo imóvel. Já o Poder Público alegou que havia a necessidade de desocupação “já que a área onde ela construiu uma casa faz parte do projeto da Barragem do Rio Pardo e por isso precisa ser desocupada”, conforme consta em nota oficial enviada ao Notícias, no mês de setembro.

Segundo a Prefeitura, foi proposto o pagamento de aluguel social até o momento em que a antiga permissionária e família se estabilizassem em um novo local, o que não teria sido aceito. “Diante disso, a procuradoria da Prefeitura emitiu uma notificação solicitando a desocupação do imóvel em 15 dias, a contar de (sic)  30 de setembro. Junto a notificação, foi enviado a família um laudo da Assistência Social se dispondo novamente em oferecer o Aluguel Social”, frisa o Poder Público Municipal.

Flávio Fogueral

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