29 de dezembro, 2024

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Botucatu: Populares denunciam venda irregular de marmitas no Bom Prato

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Populares e usuários do Bom Prato de Botucatu têm denunciado a venda irregular de marmitas no restaurante localizado no câmpus da Unesp, em Botucatu. Segundo as pessoas que procuraram a reportagem e preferiram o anonimato por questões de segurança, as refeições são levadas diariamente em alguns carros estacionados no local, sendo comercializadas por até R$ 12 na Cidade.

O Bom Prato Botucatu existe desde 2015 e vende diariamente 1500 refeições diárias no almoço e 300 no jantar, a R$ 1. Já o café da manhã custa R$ 0,50 às pessoas beneficiadas. Esta não é a primeira vez que denúncias do tipo são feitas relativas à comercialização irregular no restaurante.

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No final de abril, populares relataram que um atravessador comprava as refeições e as revendia por dez vezes seu preço original, que é subsidiado pelo contribuinte paulista, a trabalhadores da construção civil. À época, a Guarda Civil Municipal (GCM) disse que investigaria o caso para identificar a pessoa, sem resultado.

Por causa do fato a Aelesab OSC, entidade que gerencia as unidades, decidiu limitar a venda de marmitas em Botucatu a duas unidades por pessoa. No entanto, manteria a comercialização em quantidade maior para pessoas que se apresentem na unidade, devidamente identificadas como sendo de entidades assistenciais, voluntários ou ONGs, devido à atuação de auxílio a população no período de pandemia de covid-19.

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Segundo nota oficial emitida pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado (SEDS), pasta responsável pela gestão do Bom Prato, há o monitoramento constante da demanda dos municípios e de cada filial, “com o objetivo de evitar excedentes ou consumo reprimido nos restaurantes, dando uso eficiente aos recursos públicos”.

Frisa que a unidade de Botucatu é considerada “singular”, por estar dentro de um câmpus universitário- no caso a Unesp, em Rubião Júnior-, e não na área urbana, como ocorre nos demais restaurantes espalhados pelo Estado. Salientou que marmitas excedentes são vendidas a uma Igreja Evangélica do município, que posteriormente repassaria para a comunidade, em forma de doação. A assessoria da SEDS, no entanto, não informou qual seria a congregação religiosa que efetua esta ação.

A própria secretaria estadual reforça que está sendo elaborado um plano formal para destinar as refeições sobressalentes, respeitando critérios da Vigilância Sanitária. “Vale enfatizar que o atendimento nos restaurantes Bom Prato com a ampliação do serviço nos finais de semana, feriados e jantares, foi criado em caráter emergencial e temporário para garantir a segurança alimentar das pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social durante a pandemia”, frisou a pasta em comunicado.

Flávio Fogueral – Jornal Leia Notícias

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