05 maio, 2024
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O trânsito de Botucatu continua matando assustadoramente. Neste ano, segundo dados do Infosiga, já foi contabilizado mais mortes nas vias públicas de Botucatu, entre janeiro e setembro, que todo o ano passado. Foram contabilizadas 14 mortes em 2019, mesmo número dos 12 meses de 2018.
As duas últimas mortes ocorreram entre o sábado, 08, e a segunda-feira, 11, e causaram comoção na população da cidade e repercussão na região. Esses dois óbitos não foram oficialmente contabilizadas no levantamento. Uma criança de menos de dois anos estava em um veículo que capotou na Rodovia Gastão Dal Farra e morreu devido a traumatismo craniano. No dia 11, uma mulher de 70 anos foi atropelada dentro do campus da Unesp, em Rubião Júnior. Ela era de Jaú e estava em Botucatu para tratamento médico.
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A botucatuense de 44 anos, morta em um acidente na entrada de São Manuel, no domingo (17) também é uma das vítimas do trânsito.
A maioria das pessoas que morreram neste ano no trânsito estava na área urbana da cidade. A maior parte das mortes nas estradas ocorreram na região da serra, próximo ao acesso da vicinal de Pardinho. Carros e motos concentram os veículos mais envolvidos, mas também estão aumentando os casos de óbito envolvendo ciclistas.
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Os pontos críticos estão na região da Rodovia Marechal Rondon, entre o trecho final da Serra e a Cohab, com atropelamentos e choques entre veículos. Na região Leste da Cidade (Jardim Peabiru e Jardim Brasil) faleceram diversos ciclistas. Na região Norte da Cidade (Jardim Paraíso, Vila Paulista) e na região Oeste (em Rubião Junior) a maioria dos acidentes com mortes foram provocados por choques entre veículos e motos.
As mortes em geral ocorrem aos finais de semana (sábado e domingo), o que sugere a possibilidade de envolvimento com álcool ou drogas. Iluminação e vias em condições deficientes estão entre outros motivos. Foram três mortes aos domingos e seis aos sábados. O Secretário Adjunto de Mobilidade, Rodrigo Fumes, afirmou que está sendo feita uma revisão geral na sinalização dos pontos de maior incidência de acidentes e mortes.
Dados
Ao contrário do que se imagina, pessoas de meia idade são a maioria dos falecimentos no trânsito. Até o momento, os jovens, com idade entre 18 e 24 anos, tiveram dois óbitos no ano. Entre as pessoas que tem entre 50 e 59 anos foram seis casos. Entre os 35 aos 49 anos foram quatro óbitos.
Os meses de Maio e Agosto foram os mais violentos em 2019, com quatro acidentes cada. A maioria dos mortos estava em automóveis (5 registros), seguido por motocicleta (4), bicicleta (3), caminhão (1) e pedestre (1). Ao contrário do que muitos pensam, 57,14% dos acidentes foram na área urbana da cidade. Os demais foram nas estradas (42,86%). A maioria das mortes foi na Marechal Rondon.
Outro detalhe importante que os dados do Infosiga mostram são os horários das mortes: 50% foram no período da tarde (7 óbitos), 35,71% à noite (5 mortes) e apenas dois casos no período da manhã (14,29%).
Entre os motoristas falecidos, 85,71% eram homens e 14,29% mulheres. 78,57% dos falecidos eram condutores. Cinco acidentes com óbito tiveram como motivo choque contra obstáculos, quatro foram colisões e dois atropelamentos. Esses números são referentes até o mês de setembro de 2019.
Jornal Leia Notícias por Haroldo Amaral
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