19 de novembro, 2024

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Botucatu: Médicas do HC alertam sobre Doenças Respiratórias nas crianças durante o inverno

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Todos os anos, o cenário se repete. Com a proximidade do inverno e as quedas das temperaturas, o número de indivíduos com problemas respiratórios aumenta. Isto porque o ar mais seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera e as baixas temperaturas e poluição do ar aumentam os riscos de doenças respiratórias. Gripes e resfriados são muito comuns neste período, principalmente entre as crianças.

De acordo com a médica do Serviço de Pneumologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Drª Luciana Oliveira Silvano Tostes, as doenças respiratórias mais comuns que atingem crianças até os dez anos de idade “são as causadas por vírus, principalmente influenza A e B (gripe), vírus sincicial respiratório (que causa bronquiolite em menores de dois anos), rinovírus, e, mais recentemente, SARS-CoV-2, causando a COVID – 19”, explica.

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Embora existam outros vírus circulando, o mais comum é o sincicial respiratório. “Mais de 100 mil crianças com até cinco anos morreram por infecção respiratória causada por ele em todo o mundo somente em 2019. No total, estima-se que 33 milhões de crianças tiveram quadro respiratório causado pelo patógeno neste mesmo ano e cerca de 3,2 milhões de crianças foram levadas para hospitais com problemas respiratórios causados pelo vírus”, lembra Drª Luciana.

Ainda segundo a especialista do HCFMB, “em relação às faixas etárias, bebês com até seis meses somaram aproximadamente 45 mil mortes, ou seja, quase a metade do total de óbitos registrados. 95% dos casos das infecções e 97% das mortes foram registradas em regiões mais carentes”, frisa.

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Cuidados e Tratamentos

Para a médica do Serviço de Pneumologia Pediátrica do HCFMB, Dra. Francyelly Wisnievski Yamamoto, o papel dos pais no cuidado da rotina dos filhos é fundamental para minimizar os problemas de saúde neste período.

“Os pais devem ficar atentos aos hábitos alimentares, de hidratação, de sono, atividade física, limpeza e higiene ambiental e doméstica, higiene nasal frequente e, imprescindivelmente, a vacinação completa. As crianças que fazem tratamento de rotina para doenças pulmonares crônicas (asma, bronquite, rinite), devem mantê-lo continuamente e, diariamente, além de evitar o contato com fumaças (cigarro, fogões a lenha e chaminés)”, pontua Drª Francyelly.

A partir do momento em que o diagnóstico da doença respiratória é feito, a indicação terapêutica é variável. “Em casos de infecção viral, repouso e medicamentos para controle da febre e dor. No caso do vírus influenza pode ser utilizado antiviral. Nas infecções bacterianas associamos antimicrobianos. Os tratamentos antiinflamatórios e tópicos nasais, utilizamos para as doenças alérgicas”, finaliza Drª. Francyelly.

Dicas de Prevenção

Algumas medidas podem ser adotadas com objetivo de diminuir as chances de a criança contrair algum tipo de doença respiratória.

1- Estimular a amamentação por conta da presença de anticorpos no leite materno.

2- Hidratação: a hidratação é um dos cuidados importantes adotados nesse período e em todas as épocas do ano. A água é o melhor xarope, fluidificante para a tosse, logo, é essencial a criança beber bastante água para manter a secreção fluida. Há perda de líquido pela respiração.

3- Prevenção: é indicado limpar as narinas todos os dias mesmo sem sintomas, principalmente ao voltar da escola. A prevenção também passa pelo hábito de lavar as mãos regularmente.

4- Locais arejados: locais fechados, com pouca ventilação e grandes aglomerações de pessoas, aumentam o risco de contrair essas doenças. Por isso, é importante ventilar os ambientes. Ainda que esteja frio, as janelas devem ser abertas com frequência.

5- Vacina: a criança deve ser vacinada contra a gripe, sendo uma infecção mais séria do que um resfriado. Diferente do que muitos acreditam, a vacina não causará a doença. Nela, os vírus estão inativos e não se multiplicarão no organismo. A vacina contra gripe é aplicada em crianças entre 6 meses e 6 anos pelo SUS anualmente.

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