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Ouvir música faz parte da história de muitas pessoas desde os primeiros anos de vida, e muitas pesquisas apontam a importância das canções infantis para o desenvolvimento integral das crianças. Porém, quando a vida apresenta grandes desafios para os pequenos, as melodias parecem se calar em um primeiro momento.
Neste Dia das Crianças, 12 de outubro, vamos mostrar uma iniciativa voluntária de servidores da Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) para que os acordes de esperança voltem a tocar em muitas vidas: o Coral “Cantando com Alegria”.
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Composto por funcionários, o Coral tem o objetivo de amenizar um pouco o estresse da hospitalização, levar alegria às crianças e fortalecer a fé de cada um. Entre uma medicação e outra, também é aplicada uma injeção de ânimo por meio de canções infantis e religiosas, de diversas denominações. Existe um repertório fixo do grupo, mas também são atendidos pedidos musicais dos pequenos pacientes.
Solange Motilo, enfermeira da Pediatria, conta que a história do Coral começou a ser desenhada há mais de 20 anos. “Em 2001, trazia o meu violão para o Hospital e, nas horas vagas, tocava canções religiosas para pacientes, servidores e acompanhantes. Observei, ao longo do tempo, os benefícios desta ação para todos e comecei a chamar mais pessoas para participarem. Vários voluntários aceitaram o convite e a missão cresceu até que, há quase sete anos, formou-se o Coral”.
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Atualmente, a “violeira” do grupo é a recreacionista Laura Vieira, que está no HC desde 2015 e que enfatiza o poder da música não somente para os pacientes, mas também a quem cuida do amor de alguém. “A música traz consolo às famílias quando não sabemos mais o que dizer; traz alegria para as crianças desanimadas, que se levantam pra dançar. Quando começamos a cantar, o ambiente muda. Todas as vezes, eu saio diferente daqui, é sempre muito especial fazer parte desta missão”.
A supervisora técnica da Enfermaria de Pediatria, Janaína Chinaque Francisco, que também canta no projeto, conta que a missão do Coral se resume nos sentimentos de amor e de fé, mesmo nos momentos mais difíceis. “Certa vez, um paciente pediu para que cantássemos para ele na UTI e, no dia seguinte, ele veio a falecer. Eles esperam muito por este momento e temos várias crianças que só saem do leito no dia em que o pessoal canta, e isso é muito gratificante”.
Além da Pediatria, a intenção é expandir o trabalho para outras Enfermarias e inspirar outras pessoas, apresentando o projeto também externamente, como no encerramento da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) do campus da Unesp Botucatu em 2017. “Esta missão é muito especial para nós também, pois necessitamos da presença divina em nosso dia-a-dia, e é exatamente isso que sentimos. Que Deus nos abençoe para que o Coral só cresça e nunca acabe”, encerra Solange.
Comunicação HCFMB