24 de novembro, 2024

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Bombardeio ordenado por Trump mata principal general iraniano

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Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, morreu em um ataque aéreo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (2) em Bagdá.

O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos (leia a íntegra mais abaixo).

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O bombardeio ocorreu no Aeroporto Internacional de Bagdá e matou também Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irã, e pelo menos mais 5 pessoas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou uma bandeira americana em uma rede social. Ele não falou sobre o episódio.

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Um porta-voz da milícia iraquiana culpou também Israel pelas mortes. Até agora, o governo de Israel não se pronunciou.

Tensão entre EUA e Irã

As mortes ocorrem em meio a uma escalada de tensão no Iraque que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã no Oriente Médio.

Desde o fim de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.

A crise subiu de patamar na terça (31), quando milicianos iraquianos invadiram a embaixada americana em Bagdá. Trump acusou o Irã de estar por trás da ação e prometeu retaliação.

A invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria que matou 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque no domingo (29).

Uma hora após a divulgação da morte de Soleimani, os preços do petróleo no mercado internacional já tinham aumentado 4%. O barril brent era vendido a US$ 68,90.

A importância de Qassem Soleimani

Foto de 2016 mostra Soleiman em celebração do aniversário da revolução islâmica de 1979 no Irã  — Foto: AP Photo/Ebrahim Noroozi, File
Foto de 2016 mostra Soleiman em celebração do aniversário da revolução islâmica de 1979 no Irã (Foto: Reprodução)

Qassem Soleimani era um alto líder das forças militares iranianas e um herói nacional. Ele chefiava a Guarda Revolucionária, uma força paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

A Guarda Revolucionária surgiu após a Revolução Islâmica de 1979. Na ocasião, o governo passou a ser supervisionado pelo clero.

Em abril de 2019, os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista. Foi a primeira vez que Washington rotulou formalmente uma unidade militar de outro país como terrorista.

Nota do Pentágono

“Sob a direção do presidente, os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger funcionários dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica Corps-Quds Force, considerada pelos EUA uma organização terrorista estrangeira.

O general Soleimani desenvolvia ativamente planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região.

O general Soleimani e sua força Quds foram responsáveis ​​pela morte de centenas de americanos e membros da coalizão e por ferir outros milhares.

Ele orquestrou ataques a bases da coalizão no Iraque nos últimos meses – incluindo o ataque de 27 de dezembro – matando e ferindo funcionários americanos e iraquianos.

O general Soleimani também aprovou os ataques à embaixada dos EUA em Bagdá que ocorreram nesta semana.

Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses onde quer que estejam ao redor do mundo.”

Fonte: Yahoo!

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